quarta-feira, abril 22, 2009

Hoje, um post íntimo


Se não tivesses partido , farias hoje 87 anos.
Mas não estás cá e o vazio que deixaste não está nem nunca estará preenchido.
Os teus inesquecíveis olhos azuis, já não se abrem naquele sorriso luminoso com que sempre me brindavas, nesses dias 22 em que te abraçava longamente, e saudava a passagem de mais um aniversário.
Sabes, quando nos deixaste, trouxe uma haste da última roseira que plantaste no teu jardim? Aquela roseira que cobiçaste na florista e que te ofereci num pequeno vaso.
Naquele pedacito de terra onde cultivavas, com tanto carinho, as tuas "meninas". Com quem falavas diariamente, porque dizias que as plantas só crescerão saudáveis se conversarmos com elas.
Plantei essa haste aqui em frente, na minha casa.
Rosas vermelhas.
Assim quando a roseira floresce, imagino que as rosas que se abrem , são , ainda, os beijos que me trazes e que tanta falta hoje me fazem.
Vê que já tem um botão. Um destes dias vou recolher mais um beijo teu.
Se não tivesses partido, farias hoje, 87 anos.
A todos os amigos e amigas que me acompanharam neste post, hoje mais íntimo e melancólico, a minha gratidão pelas palavras solidárias.
É por isto (e muito mais) que é bom ter-vos comigo.

terça-feira, abril 21, 2009

SPAAAAAAMMMMMMMMMMMM!


Segundo um estudo da MacAfee (mais um estudo, estão a ver?), há 62 triliões de e-mails de spam que são enviados anualmente.
A energia necessária para criar, armazenar,exibir e filtrar estas irritantes mensagens, origina emissões de carbono equivalentes às que seriam produzidas por dois biliões de galões de gasolina.
Esta energia seria suficiente para os gastos normais de dois milhões de casas.
A notícia em que recolhi estes dados terminava com um conselho: não apague os spams .
Mas, eu cá por mim, confesso que, quase todos os dias esvazio a caixa do lixo que me tenta vender DVD´s, Viagra, Rolex, ou ensinar a perder 9 kg por mês, ou mesmo a viver...200 anos, ou mesmo a propor aventuras eróticas... Isto sem falar nas mensagens que não faço a mínima ideia o que dizem, pois vêm escritas em japonês, chinês ou sei lá o quê.
E o que é mais penoso, é que muitas destas mensagens me chegam, porque alguns dos meus amigos e amigas, não tomam aquela precaução mínima que é apagar os endereços do corpo das mensagens que reencaminham ou remeter as mesmas em cópia oculta (cco, bco,...). O caricato, é que já tenho recebido mensagens que trazem , no rodapé, um conjunto de conselhos onde se inclui este:

Usa "Cco" ou "Bcc" (cópia oculta) para enviares o teu correio electrónico e retira os endereços dos teus amigos antes de enviar.Dificulta a disseminação dos Vírus, Spans e Banners.

Mas, lá em cima, está uma longa lista de endereços que toda a gente que recebe a mensagem fica a conhecer...
Não há dúvida de que, em muitos casos, reenviam-se mails sem quase os ler. Também porque, cada vez mais, o carteiro toca à porta da nossa caixa de correio electrónico...
E aí, o material é tanto, que apenas se espreita...

segunda-feira, abril 20, 2009

A dignidade

Na semana passada soube-se que a Assembleia da República gastou quase um milhão de euros na renovação da frota automóvel para o Presidente actual e para o anterior(?...?), bem como para os Vice-Presidentes e Secretária.
Começo por dizer que compreendo que chega sempre uma altura em que manter veículos com muitos anos de serviço fica demasiado dispendioso e será melhor mesmo proceder à sua substituição.
No entanto, no caso presente, ao que parece, foram adquiridas viaturas (BMW) bem mais caras do que outras disponíveis no mercado, também consideradas como "topo de gama" e que cumpririam eficazmente as funções que têm de desempenhar.
É claro que não estou a defender que, para o serviço a que se destinam se comprem pequenos utilitários que se desgastariam rapidamente.
O que eu quero aqui realçar é o argumento que frequentemente é invocado para se defender a compra de carros luxuosos para os altos titulares e que afirma que está em causa a "dignidade do Estado".
Ora, aí, eu terei de perguntar : como se afere, verdadeiramente, a dignidade de um estado? Pela marca dos fatos e carros dos governantes ou pelas condições de vida dos cidadãos?
Qual será a dignidade de um estado que acumula desemprego, pobreza, exclusão?
Será verdadeiramente digno um estado em que muitos dos seus integrantes, vivem uma existência de todo indigna da condição humana?

sexta-feira, abril 17, 2009

Ainda há lugar para mais uma placa?

foto Peciscas
Vejam só a densidade de placas por metro quadrado...
Quem circular de automóvel, das duas, uma: ou pára para ler tudo ou despista-se durante a tentativa de leitura...

quarta-feira, abril 15, 2009

Em defesa de um pequeno rio

Valerá a pena lutar pela defesa de um pequeno rio, que, erros e desmandos sucessivos poluíram gravemente?
Valerá a pena continuar a denunciar o verdadeiro atentado contra a sua liberdade que foi o entubamento do troço que corria no centro de Rio Tinto?
Um grupo de cidadãos desta terra, acha que vale a pena.
Por isso, desde há mais de três anos, vem desenvolvendo uma campanha que visa alertar as autoridades competentes para a necessidade de se tomarem as medidas adequadas à despoluição do rio e requalificação das suas margens.
Há exemplos, neste país e em outros, que mostram que tal tarefa é, não só, urgente, como perfeitamente exequível.
No próximo Domingo, o Movimento em Defesa do Rio Tinto, vai promover a Terceira Caminhada em Defesa do Rio Tinto (conhece mais pormenores, acedendo ao blog oficial do MoveRioTinto)
Se moras por perto, por que não juntares-te a esta causa?
Mas, se moras mais longe, poderás, ainda assim, apoiar esta iniciativa. Quer ajudando à sua divulgação, quer deixando uma mensagem no blog do Movimento.
Afinal, a defesa do ambiente, essencial ao nosso futuro colectivo, pode passar pelos pequenos gestos que, juntos a muitos outros, irão mudar a face do mundo.

terça-feira, abril 14, 2009

Um novo akordu urtugrafiku

Na escola onde trabalhei, por alturas de Julho, organiza-se um passeio de confraternização dos professores.
Pertenci à organização do evento, durante muitos anos.
Para cada passeata, era necessário produzir um texto, para comunicar aos colegas a importância a pagar, coisa que só se apurava perto do final da viagem.
Eu (que tinha a meu cargo essa tarefa) procurava que os textos fossem sempre diferentes, de ano para ano, e de certo modo adaptados à época em que se vivia.
Confesso que, por vezes, era preciso dar muitas voltas à cabeça para encontrar ideias novas.
No 13º passeio, estava-se em tempo de preparação da entrada da nova moeda europeia e, um pouco por todo o lado, tentava-se ensinar a fazer a conversão de escudos para euros.
Então, no folheto desse ano, resolvi aproveitar essa deixa.
E, não prevendo nessa altura a polémica sobre o novo acordo ortográfico, resolvi, eu mesmo, criar o meu próprio acordo, ou melhor, akordu...
Então, tentem ler a minha lição (ver scanner na imagem seguinte) e vejam se entendem esta linguagem.
Não se espantem muito porque bastantes dos nosso alunos actuais não andam muito longe deste modo de expressão...




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segunda-feira, abril 13, 2009

O Barquinho

foto António Peciscas
Volta do mar, desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar
Céu tão azul, ilhas do sul
E o barquinho, coração
Deslizando na canção
Tudo isso é paz
Tudo isso traz
Uma calma de verão
E então
O barquinho vai
E a tardinha cai