sexta-feira, junho 09, 2006

Se não me virem muito por aqui...

Eu sei que já começou a grande onda...

Mas. se nos próximos tempos não me virem muito por aqui, não é porque estou especado frente ao televisor a ver a bola a saltar.
E razão é outra e oficial:

Os colegas de ofício imaginam do que se trata...

terça-feira, junho 06, 2006

Um primo chamado Camões

Image Hosted by ImageShack.us Nós, os professores, coleccionamos, ao longo da carreira, intervenções ou respostas de alunos, que são, no mínimo, anedóticas.
Há uns anos, chegou mesmo a publicar-se, em França. o "Livro Vermelho dos Cábulas", com um compilação bastante significativa, desse tipo de tiradas.
Como se deve calcular, como oficial deste ofício, também tenho a minha reserva particular.
Trago-vos hoje um desses exemplares.
Costumo dar as minhas aulas de matemática, partindo, quase sempre, de desafios problemáticos que coloco aos alunos. Estimulo a sua participação, pois acho que só assim, discutindo, argumentando, errando, insistindo, se pode chegar à compreensão das coisas.
Certa vez, tinha colocado à turma uma dessas situações, que até nem era das mais simples.
Perguntei:
-Quem têm uma proposta para resolver esta questão?
Reparei então, com algum espanto, que um dos meus alunos, que raramente intervinha e normalmente se alheava destes diálogos colectivos, tinha o braço no ar.
É claro que não podia desperdiçar esta rara oportunidade e dei-lhe a palavra:
- Então, Luís (nome suposto), que tens a dizer?
Resposta, rápida:
- O Setor não tem um primo chamado Camões?
Gargalhada geral e professor perplexo.
Mas o Luís, continuou com a palavra e acabou por complementar a intervenção anterior.
- É que andou um electricista a trabalhar na minha casa, que era parecido consigo e que se chamava Camões.
Ainda hoje utilizo esta história, nas minhas aulas.
Quando algum aluno ou aluna, produz uma intervenção claramente deslocada do contexto da matéria em discussão, costumo dizer, abruptamente:
-Vocês sabem que tenho um primo chamado Camões?
É certo e sabido que ganho, aí logo, a atenção do pessoal, pelo insólito e pela expectativa.E acabo, regra geral, por contar a história para lhes fazer ver que não se devem "misturar alhos com bugalhos"

segunda-feira, junho 05, 2006

Tudo continua tal e qual...

O meu professor de Filosofia do velho 6º ano do Liceu, na primeira aula que nos deu sobre esta matéria deu-nos a seguinte definição da ciência em questão:
" Filosofia é a coisa com a qual, sem a qual e pela qual, continua tudo tal e qual".
Por que é que hoje me lembrei disto?
Talvez porque ou não tenho nada de mais importante a dizer ou porque, mesmo que o tivesse, continuaria tudo... tal e qual!