sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Como o tempo...não passa...

As receitas da Segurança Social ultrapassaram as previsões do Governo. No ano passado foram reintegrados mais de 70 mil contribuintes que tiveram de pôr em dia os descontos em atraso para a SS.

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O arcebispo de Braga continua a dizer "não" ao referendo sobre o aborto. Depois de se ter manifestado contra os anteriores projectos de despenalização, o arcebispo mantém a sua opinião.

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A equipa do Ministério da Educação está a tentar mexer a sério, e a fundo, em aspectos estruturais e estruturantes, do Ensino em Portugal.

Pode-se não estar de acordo com algumas opções e propostas, mas é imperioso reconhecer, por um lado, o esforço que está a ser feito e, por outro lado, a seriedade e a competência de quem o está a fazer.

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Assim como assinala os comportamentos negativos, a escola também deve premiar os positivos. Queremos consagrar o facto de o aluno poder ser premiado.

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No que respeita à Justiça, que continua em muito mau estado e com problemas gravíssimos, o Presidente tocou, de forma lapidar, em pontos essenciais.

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Para não falar, noutro aspecto, do caso de Paulo Portas -que é uma espécie João Pinto do PP, com a diferença de não meter golos, ninguém pagar nada pela sua transferência, se autopromover de uma forma única e de aparecer hoje como o principal crítico de um treinador e de uma estratégia de que ele foi o principal responsável.



Tenho o hábito de, quando calha, ir ao sótão remexer em jornais e revistas que por lá tenho a ganhar mofo.

Quando releio essas publicações, não é raro murmurar para comigo"olha, afinal já diziam isto há ... anos". Apesar de, às vezes, os nomes dos ministros e de outras personagens serem um tanto diferentes.

Os excertos que acima vos deixo, são retirados da revista "Visão" de Janeiro de 1998.

Como o tempo...não passa...

Repararam, certamente, no título que se destaca no topo da página...

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Tradução

Claro que não era fácil decifrar o texto que ontem publiquei. Houve por aí algumas tentativas, que apenas arranharam ao de leve o enigma.
Mas, como o prometido é devido, vamos, então, decifrar aquela calinada (de "calão", ...).
O texto era:
"Andava eu a sarquitar, à procura de bules para começar a bumbar, coçando a michosa, já que não tinha qualquer falépia que me permitisse aconchegar a atafona.
Vai daí, infiltrei-me numa cambulhada que estava a lupar um sarapantão que arengava na praça, e, usando bem os galrachos, acabei por empochar as palecas que me safaram da situação."


Tendo em conta o "Novo Dicionário do Calão", 3ª edição actualizada, de Afonso Praça, eis a tradução.

"Andava eu, de um lado para o outro, à procura de emprego para começar a trabalhar, coçando a cabeça, já sem qualquer nota de banco que me permitisse aconchegar o estômago.
Vai daí, infiltrei-me num grupo que estava a ver um trapaceiro que arengava na praça e, usando bem os dedos, acabei por meter ao bolso o dinheiro que me safou da situação".

Que tal?
Um destes dias. voltarei ao dicionário...

terça-feira, fevereiro 20, 2007

?

Andava eu a sarquitar, à procura de bules para começar a bumbar, coçando a michosa, já que não tinha qualquer falépia que me permitisse aconchegar a atafona.
Vai daí, infiltrei-me numa cambulhada que estava a lupar um sarapantão que arengava na praça, e, usando bem os galrachos, acabei por empochar as palecas que me safaram da situação.

Alguém entendeu a mensagem?
Da próxima vez que nos encontrarmos, apresento a tradução...

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

As pesadas responsabilidades do Senhor Adler

Morreu, recentemente, com 93 anos, Robert Adler, que, há cerca de cinquenta anos, inventou o telecomando para aparelhos de televisão. De forma indirecta, foi, igualmente, o inventor do zapping.
Desconhecia esta personagem que está, afinal, tão ligada ao nosso quotidiano e, também, que este instrumento já tinha meio século de existência. Com efeito, durante muito tempo, em Portugal, os televisores eram vendidos sem controlo remoto (aqui, as novidades, chegam sempre atrasadas...). O que, talvez não fizesse grande diferença pois, durante vários anos só houve um canal, mais tarde dois, chegando-se, ainda mais tarde, aos quatro. Só depois das parabólicas e dos cabos e que se chegou à proliferação de hoje.

De qualquer modo, penso que este homem vai ter, no outro mundo, que ajustar contas com pesadas responsabilidades.Desde logo, por um lado, a de ter contribuído para o aumento das doenças cardiovasculares. De facto, após a vulgarização dos telecomandos, deixou de ser necessário levantar o rabo do sofá, para ir mudar de canal, o que, apesar de tudo, sempre era um pequeno exercício físico.
Por outro lado, o Senhor Adler acaba, também , por ser um pouco o responsável ideológico pela onda de preguiça, laxismo e de facilitismo, que grassa nas sociedades, nomeadamente, e como todos sabemos, nas nossas escolas.

Por tudo isto, não sei se a sua alma terá ido em paz...