Já tinha visto estufas para cultivar hortaliças, pimentos, frutas, salsa, ...
Agora para gatos, é a primeira vez...
Aliás, é por estas e por outros, que considero estes bichanos, como os mais nobres, os mais independentes e os mais espertos dos animais domésticos.
Todos nós,a propósito disto ou daquilo, somos capazes de emitir PECISCAS peciscas = opiniões, bocas, bitaites,dicas,pitaco(termo brasileiro)...
sexta-feira, janeiro 12, 2007
quarta-feira, janeiro 10, 2007
E mexem-se!
Comecei a minha carreira profissional, numa escola em Ponte de Lima.
Comecei, quase sem saber como, pois, numa certa manhã, cheguei lá, fui recebido pelo Director, à porta de uma sala de aula, e após curto diálogo de um minuto, entrei e tinha quarenta galfarros a olharem para mim.
Dei comigo a pensar:
-E agora?
Tudo o que tinha ensaiado, não serviu naquela hora decisiva.
Mas, com a intuição (o "saber fazer" haveria de chegar mais tarde) que tinha ou não tinha, lá me fui a eles.
À medida que os dias foram passando, comecei a chegar à conclusão de que até não me estava a sair mal de todo.
E comecei a gostar daquilo.
O primeiro grande momento, aquele que fica registado na memória, como um marco imperecível, passou-se,entretanto, numa aula de Ciências da Natureza.
Comecei, quase sem saber como, pois, numa certa manhã, cheguei lá, fui recebido pelo Director, à porta de uma sala de aula, e após curto diálogo de um minuto, entrei e tinha quarenta galfarros a olharem para mim.
Dei comigo a pensar:
-E agora?
Tudo o que tinha ensaiado, não serviu naquela hora decisiva.
Mas, com a intuição (o "saber fazer" haveria de chegar mais tarde) que tinha ou não tinha, lá me fui a eles.
À medida que os dias foram passando, comecei a chegar à conclusão de que até não me estava a sair mal de todo.
E comecei a gostar daquilo.
O primeiro grande momento, aquele que fica registado na memória, como um marco imperecível, passou-se,entretanto, numa aula de Ciências da Natureza.
Tinha, para esse dia, preparado um microscópio para os alunos observarem uma gota de água contendo micróbios( amibas, paramécias e outros seres do tipo).
Depois de tudo montado, convidei, um a um, os miúdos a virem espreitar.
Eu, ao lado, ia observando as suas reacções. De espanto, de entusiasmo, de incredulidade.
O Alberto (vamos chamar-lhe assim), que eu já trazia "debaixo de olho", pois sabia que o Rómulo de Carvalho/António Gedeão era o autor da "Pedra Filosofal",mal disfarçava a impaciência com que aguardava a sua vez.
Quando, finalmente, pôde chegar ao microscópio, espreitou, levantou o olhar e espreitou de novo, mais longamente.
Então, virou-se para a turma e com uns olhos brilhantes, do tamanho da glória, exclamou extasiado:
-Olha! E mexem-se!
Aquele grito de alma, de quem descobre um mundo novo, garantiu-me, nesse preciso momento, que era aquele caminho que eu queria seguir.
O de de ajudar os outros a encontrarem os seus próprios mundos.
terça-feira, janeiro 09, 2007
segunda-feira, janeiro 08, 2007
Obrigado, gente amiga!
VOLTA CEDINHO
Minha mãe disse
Para eu voltar cedinho
Que a noite tem
Um espinho em cada esquina
Eu ainda
Sou o seu menino
Nem o tempo a vai mudar
Minha mãe disse
Para eu não me perder
Que a noite tem
Caminhos sem saída
Eu não sei
Se vai amanhecer
Prometo que vou ligar
Minha mãe disse
Que há medos e paisagens
Que a gente traz
No bolso à nascença
E o desejo
De muitas viagens
Para que o medo não nos vença
Por isso agora
Está na tua mão
Contar as pedras
Que há no teu caminho
Mas aceita
Uma sugestão:
Por favor volta cedinho
João Monge
Foi com particular emoção que li os comentários que me deixaram a propósito da "história real" que vos contei e que foi igualmente escrita com "o coração nas mãos" e a "névoa" nos olhos.
É esta solidariedade, é esta resposta à nossa partilha, que fazem valer a pena abrirmos um pouco da alma, nestes espaços chamados "virtuais". Por onde passa muita gente apressada, muita gente distraída, mas onde, felizmente, permanece gente boa, gente amiga, gente que, na maior parte dos casos nunca vimos, mas que sabemos que estão ao nosso lado.
Permitam-me que destaque, entre os vários comentários, aquele em que o João Monge, através de uma canção que escreveu para a sua própria mãe, homenageou tão ternamente a minha.
Como se sabe, este é um homem de grande sensibilidade e inteligência, autor de algumas das mais belas canções que andam por aí. Como "A Fisga", que os "Rio Grande" popularizaram e que, eu, profissional deste ofício de ser "mestre-escola", considero ser uma lição de pedagogia, muito mais densa e eficaz do que rimas de tratados que pseudo-entendidos na matéria, procuram impingir-nos como se fossem verdades definitivas e insofismáveis.
A todos e todas, o meu obrigado!
Minha mãe disse
Para eu voltar cedinho
Que a noite tem
Um espinho em cada esquina
Eu ainda
Sou o seu menino
Nem o tempo a vai mudar
Minha mãe disse
Para eu não me perder
Que a noite tem
Caminhos sem saída
Eu não sei
Se vai amanhecer
Prometo que vou ligar
Minha mãe disse
Que há medos e paisagens
Que a gente traz
No bolso à nascença
E o desejo
De muitas viagens
Para que o medo não nos vença
Por isso agora
Está na tua mão
Contar as pedras
Que há no teu caminho
Mas aceita
Uma sugestão:
Por favor volta cedinho
João Monge
Foi com particular emoção que li os comentários que me deixaram a propósito da "história real" que vos contei e que foi igualmente escrita com "o coração nas mãos" e a "névoa" nos olhos.
É esta solidariedade, é esta resposta à nossa partilha, que fazem valer a pena abrirmos um pouco da alma, nestes espaços chamados "virtuais". Por onde passa muita gente apressada, muita gente distraída, mas onde, felizmente, permanece gente boa, gente amiga, gente que, na maior parte dos casos nunca vimos, mas que sabemos que estão ao nosso lado.
Permitam-me que destaque, entre os vários comentários, aquele em que o João Monge, através de uma canção que escreveu para a sua própria mãe, homenageou tão ternamente a minha.
Como se sabe, este é um homem de grande sensibilidade e inteligência, autor de algumas das mais belas canções que andam por aí. Como "A Fisga", que os "Rio Grande" popularizaram e que, eu, profissional deste ofício de ser "mestre-escola", considero ser uma lição de pedagogia, muito mais densa e eficaz do que rimas de tratados que pseudo-entendidos na matéria, procuram impingir-nos como se fossem verdades definitivas e insofismáveis.
A todos e todas, o meu obrigado!
Subscrever:
Mensagens (Atom)