quinta-feira, novembro 16, 2006

Ora vejam só, como cabe sempre mais um...fardo de palha!

Um destes dias, circulava atrás de um camião carregado de fardos de palha (não sei se para auto-sustento do motorista).
Dado que a formação matemática de base do homem não deveria ser a melhor,pois não conseguia "tirar medidas", teimou em passar por um local tão apertado que, ficou encurralado.


foto Peciscas
Como já se estava a formar um engarrafamento,vá de forçar a passagam. Abanaram os postes e os esteios. Quase que aquilo tudo caiu, mas lá conseguiu passar.

Mais adiante, nova situação deste tipo, resolvida com nova entrada a martelo e com o derrube de umas quantas telhas da casa da esquina.


foto Peciscas Mas chegou ao seu destino...

quarta-feira, novembro 15, 2006

Surpresa

Recentemente, durante uma semana, publiquei aqui alguns textos sobre o fado.
Conforme já disse, as reacções foram diversas. De aprovação, de desaprovação ou de indiferença.
Entre as pessoas que me fizeram chegar mensagens confessando admiração por este género musical esteve a Nucha (Helena) do So-shana.
Esta amiga, que foi uma das primeiras que saudou o meu ingresso nestas lides da blogosfera, ultimamente não tem postado muito.Mas continua no activo.
Entretanto, e para surpresa minha, anexa à sua mensagem, estava uma gravação de um fado, cuja letra ela própria escreveu, sendo a música de um seu amigo, o Helder, que também o interpreta.
Porque acho tanto o poema como a música, agradavelmente conseguidos, aqui estou a divulgar este fado, ressalvando que a gravação foi feita em casa da Helena e. por isso, não pode ter a qualidade de um estúdio.

Silêncio (Helena Domingues- Helder Coelho) Helder Coelho


terça-feira, novembro 14, 2006

Qual TLEBS, qual caneco...

Anda para aí uma meia dúzia de académicos muito afobada,a fixar as normas da Terminologia Linguística e lá está está o povão a trocar-lhes as voltas com grande pinta.E o que é certo é que, por atalhos mais ou menos enviezados, lá se vão fazendo entender e levando a àgua ao seu moinho...
foto Peciscas Text Color
foto Peciscas

segunda-feira, novembro 13, 2006

Modernices

Há muitos anos atrás, quando estava a começar a minha carreira docente, estavam muito em voga as chamadas "Matemáticas modernas".
Durante bastante tempo, perdurou essa moda, importada de outros países, principalmente de França.
Assim, andávamos vários meses, a falar de compreensão, extensão, reunião, intersecção, complementação e por aí fora.E os alunos nunca chegavam, verdadeiramente, a apreender essas matérias e, o que era ainda pior, para que serviam.
Mas, quando entre nós essa abordagem estava no auge, lá fora, já se estava a pôr de lado.
Porque, em boa verdade, a Matemática é uma ciência tão velha como a Humanidade e tem conceitos que não mudam. Pode incorporar novas contribuições, mas as raízes do edifício, mantêm-se inalteradas. Por tudo isso, as coisas foram recompostas e hoje, nos programas, já quase não há vestígios desses tempos.
Vem tudo isto a propósito deste último fim de semana em que fomos bombardeados com o termo "modernizar".
Assim, ouvimos falar da "esquerda moderna", de um "país moderno" e de outras modernizações.
E fiquei a pensar - que complexos ou propósitos terá no subconsciente quem precisa de se intitular, constantemente "de esquerda", mas, tendo o cuidado de temperar essa afirmação com a palavra "moderna".Ou de enunciar, de modo definitivo, que vai romper,de vez, com o passado.
E o que será isso de "esquerda moderna"? Será a esquerda que se veste com fatos Armani (como aconteceu com o PM na abertura do congresso)?
Já depois de ter pensado em escrever este texto, deparei-me no Público de domingo com dois artigos de opinião, que parecem feitos de encomenda para ilustrar que estou a dizer.
Respigo duas passagens, de dois comentaristas com os quais, muitas vezes, até nem estou de acordo (nem eles se preocupam com isso...).
António Barreto:
"Este PS não é de esquerda. O governo também não. Nem Sócrates, aliás."
Vasco Pulido Valente:
"Modernização é uma palavra equívoca. À primeira vista parece indicar "uma coisa boa". A cultura do Ocidente hoje quase não distingue "moderno" e "melhor". Mas, pensando bem, "modernizar" não passa, no fundo, de imitar. Ora fazer o que se faz "lá fora", como política e como programa, equivale, por força, a fazer pior. A cópia não vale por definição o original, e, às vezes, nem copiar se pode.Os "modernizadores", (como Cavaco, por exemplo) acabam inevitavelmente por deixar um Portugal híbrido. "incompleto" e torto, que depressa reverte ao seu "atraso" e que, em pouco tempo, volta a pedir com desespero ou espírito missionário, uma nova "modernização" ".