sexta-feira, janeiro 30, 2009

Notícias do exílio


Enquanto a máquina está no hospital, de onde, ao que parece, só terá alta lá para a semana (sabe-se lá em que estado...) vou fazendo uns serviços mínimos com um velho portátil que, além de lento como um caracol, já tem falta de um dente, perdão de uma tecla. Precisamente a d. Em seu lugar está um pequeno obelisco preto de borracha que, quando tocado, faz cógegas no dedo.
E reparem que, para escrever este post tive de tocar o dito obelisco, exactamente 11 vezes (se não me enganei... confiram!)

terça-feira, janeiro 27, 2009

Mais, uma vez...

Mais uma vez, a máquina "pifou"...
Por isso, não se espantem se não me virem andar tanto por aqui e por aí.
Estou a usar, apenas em emergência, um velho e escavacado portátil que, também, nem sempre funciona.
Logo que estiver recomposto tentarei retomar o "trânsito".
Até lá!

segunda-feira, janeiro 26, 2009

Para reflectir...

Recebi, de uma amiga, o texto de uma longa entrevista com o médico Miguel Srougi, 60 anos, considerado como o maior especialista em cirurgia da próstata, pós-graduado pela Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos.Tem 35 anos de carreira, lecciona na Faculdade de Medicina e, para além de ser um grande cirurgião mostra uma enorme capacidade de entender o que significa a doença para os pacientes que trata.
Porque há muitos médicos que, mesmo sendo tecnicamente muito dotados, não conseguem relacionar-se com o doente de modo a motivá-lo para lutar pela recuperação da saúde.
Da extensa entrevista, transcrevo uma passagem que a qualquer um de nós motivará uma reflexão bem necessária sobre a nossa existência:

"Nós não queremos morrer. Primeiro, pela incerteza do porvir. segundo, porque a morte implica extinção e o ser humano não aceita a aniquilação. A nossa cabeça nasceu para ser imortal.A morte está relacionada com dor, sofrimento, à decadência física,à desfiguração, à perda do papel social, desamparo da família, perdas dos prazeres materiais, da independência. Mas a causa verdadeira é o nosso horror de nos separar das pessoas que amamos. Bem material não deixa ninguém feliz. Há tanta gente rica se suicidando, tomando droga para sair da realidade. Os médicos não compreendem isso. Se as pessoas têm medo de se afastar das pessoas do seu entorno, você precisa tratar o entorno também. Não é o médico que apoia o doente nas fases difíceis - é a família. Eles reagem raivosamente contra a família, querem afastá-la do processo, sem perceber que um doente só vai ter paz, tendo a morte pela frente ou não, se a família estiver ao lado."