
Todos nós,a propósito disto ou daquilo, somos capazes de emitir PECISCAS peciscas = opiniões, bocas, bitaites,dicas,pitaco(termo brasileiro)...
sexta-feira, agosto 22, 2008
quinta-feira, agosto 21, 2008
Cartas
Sim, uma carta, daquelas que a gente escrevia à mão, com caneta, para depois dobrar, colocar num envelope e enviar a alguém, pelo correio.
Estou a falar de cartas pessoais e não daquelas coisas tipo ofício, a enviar documentos, a fazer uma reclamação... Essas são "oficiais".
Durante uma parte significativa da minha vida, trocava correspondência, assiduamente, com amigos e amigas, que ia conhecendo na escola e fora dela.
Nesses tempos, em que as comunicações não eram tão céleres como actualmente, esperar pelo carteiro para ver se ele trazia a tão ansiada resposta, era um ritual onde se misturavam impaciência, ansiedade e alegrias.
Algumas dessas relações epistolares (e não só) perduraram longos anos.
Quando vivi dois anos muito longe daqui,em Timor, eram precisamente as cartas que, de algum modo, me mantinham "perto" daquilo que para trás tinha deixado.
As cartas ou os chamados "aerogramas". Estes, eram meios postais que o designado Movimento Nacional Feminino facultava aos militares e suas famílias, no tempo da guerra colonial e que não pagavam selo, pois eram transportados gratuitamente pela TAP.
Os aerogramas chegavam semanalmente. Em regra, num pequeno conjunto, mas escritos, na origem, em datas diferentes . O dia da distribuição desse correio, era um dia em que se roíam as unhas.
Quantos aerogramas vou ter?
Terei novidades lá de casa?
Às vezes, não vinha nada e sobrava a desilusão. Perguntava-se ao soldado que fazia a distribuição:
-Não tens mais nada?
Mas quando chegavam, os tais aerogramas eram lidos, logo ali, de fio a pavio, no maior recolhimento.
Nessas alturas, o quartel ficava mais silencioso.Uma ou outra lágrima, teimosa, rolava.
Aqueles papéis, amarelos ou azuis, tão leves e finos, eram, no fundo, o ténue fio que nos mitigava a saudade.
Estou a falar de cartas pessoais e não daquelas coisas tipo ofício, a enviar documentos, a fazer uma reclamação... Essas são "oficiais".
Durante uma parte significativa da minha vida, trocava correspondência, assiduamente, com amigos e amigas, que ia conhecendo na escola e fora dela.
Nesses tempos, em que as comunicações não eram tão céleres como actualmente, esperar pelo carteiro para ver se ele trazia a tão ansiada resposta, era um ritual onde se misturavam impaciência, ansiedade e alegrias.
Algumas dessas relações epistolares (e não só) perduraram longos anos.

As cartas ou os chamados "aerogramas". Estes, eram meios postais que o designado Movimento Nacional Feminino facultava aos militares e suas famílias, no tempo da guerra colonial e que não pagavam selo, pois eram transportados gratuitamente pela TAP.
Os aerogramas chegavam semanalmente. Em regra, num pequeno conjunto, mas escritos, na origem, em datas diferentes . O dia da distribuição desse correio, era um dia em que se roíam as unhas.
Quantos aerogramas vou ter?
Terei novidades lá de casa?
Às vezes, não vinha nada e sobrava a desilusão. Perguntava-se ao soldado que fazia a distribuição:
-Não tens mais nada?
Mas quando chegavam, os tais aerogramas eram lidos, logo ali, de fio a pavio, no maior recolhimento.
Nessas alturas, o quartel ficava mais silencioso.Uma ou outra lágrima, teimosa, rolava.
Aqueles papéis, amarelos ou azuis, tão leves e finos, eram, no fundo, o ténue fio que nos mitigava a saudade.
quarta-feira, agosto 20, 2008
Assim se fazem carreiras
Há quase dois anos, apresentei aqui duas gravações (actualmente não disponíveis por questões de alojamento), cuja audição sugeria aos meus leitores.
Uma delas referia-se ao tema musical Zingarella, criado (nos anos oitenta) e interpretado por Enrico Macias.
Eis uma parte desta canção, num vídeo de má qualidade, captado num concerto do cantor francês.
Uma delas referia-se ao tema musical Zingarella, criado (nos anos oitenta) e interpretado por Enrico Macias.
Eis uma parte desta canção, num vídeo de má qualidade, captado num concerto do cantor francês.
Na altura em que publiquei o referido post, a coisa "ficou por aqui".
Mas agora, o assunto já está a saltar para os jornais, apesar das reservas com que está a ser abordado.
Entretanto, surgiu mesmo um blog (outros há) em que são documentadas estas três (pelo menos)situações. Quem quiser dar-se ao trabalho de visionar todos os vídeos lá contidos, poderá tirar conclusões.
Como eu escrevia em 24 de Novembro de 2006,
"assim se fazem carreiras".
terça-feira, agosto 19, 2008
Ó Lua que vais tão alta
Ó Lua que vais tão alta
redonda como um tamanco.
Ó Maria traz a escada
que eu não chego lá com o banco.
(quadra do cancioneiro popular português).

redonda como um tamanco.
Ó Maria traz a escada
que eu não chego lá com o banco.
(quadra do cancioneiro popular português).
E, por falar em Lua, dois dias depois de ela estar assim, cheinha e redondinha, resolveu brindar-nos com um eclipse. Acontecimento que qualquer fotógrafo amador que se preza, não deixa escapar...
segunda-feira, agosto 18, 2008
Falta-me o teu beijo
Nesse 18 de Agosto tiveste um dos dias mais felizes da tua vida.
O filho que tanto ansiavas chegou, finalmente.
A partir daí, nesse dia 18, fazias das fraquezas forças e tentavas o possível e o impossível, para comemorar a data.
Mas nem sempre existiam os meios necessários para que a comemoração fosse o que tu desejavas.
Numa dessas vezes, disseste-me.
-Meu filho, que te vou dar no dia dos teus anos? Já sabes que não há dinheiro para grandes coisas...
-Deixa lá. Faz-me um bife com batatas fritas e compra uma melancia.
E assim foi. Nesse dia 18, veio da feira carregada com um enorme melancia. Que lhe custou uns parcos tostões (nessa altura...).
Comer um bife e comer melancia, foi, dessa vez, uma bela prenda.
Comemos tanta melancia que acordámos, os dois, com uma enorme cólica.
Depois, vieram mais dias 18 de Agosto. Muitos mais.
Mas hoje já não estás cá.
Falta-me o teu beijo, Mami.
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