sexta-feira, março 23, 2007

Letreiros 6

Já há uns tempos que não vos mimoseava com mais alguns exemplares da minha colecção de letreiros de estabelecimentos comerciais, mais ou menos exóticos.
Então, aqui fica uma nova série, desta vez, com a curiosidade de ser construída com base em imagens recolhidas no estrangeiro, durante as últimas férias.

Começo com um conjunto que, interligado, bem poderia servir para elaborar uma frase, de que muitos se apropriariam para comentar a realidade vigente:







que nos

Mas, calma, pois,

Valha-nos o jet-set e a



para nos distrairem das nossas aflições.


Voltarei, pois a colecção ainda não está esgotada...

quarta-feira, março 21, 2007

Aviso todos os meus amigos e amigas...

... de que esta é a última vez que o meu coração generoso me leva a responder a mais um dos desafios que por aí circula (a não ser que que a proposta seja ...irrecusável).
Portanto, este pode-se gabar de ter sido o que fechou a porta...


7 Coisas que faço bem (presunção e água benta,…):
1. Escrever
2. Pôr-me na pele dos outros
3. Ensinar
4. Falar
5. Fotografar
6. Compreender
7. É melhor não dizer, porque poderia parecer propaganda enganosa…

7 Coisas que não faço ou não sei fazer (ou não me apetece):
1. Passar roupa a ferro
2. Jogar golf
3. Passar horas na praia
4. Chamar gatuno ao árbitro
5. Cuspir (para o chão, para o ar,…)
6. Andar à porrada
7. Ser gabarola (para validar todas as respostas,…)

7 Coisas que me atraem no sexo oposto (as confessáveis...):
1. Inteligência
2. Sensibilidade
3. Compreensão
4. Independência
5. Afinidade cultural
6. Olhar
7. …o sexo oposto…

7 Coisas que digo frequentemente (penso eu de que...):
1. #%”#»=º
2. <#!&##$”##
3. Tá bem!
4. Deixa lá!
5. Chiça!
6. OK!
7. Agora não! (era a resposta que deveria ter dado a este desafio,…)

7 Actores/Actrizes que admiro (assim à primeira vista...):
1. Marlon Brando
2. Eunice Muñoz
3. Nicole Kidman
4. Meryl Strip
5. Robert de Niro
6. Ruy de Carvalho
7. Todos os outros(as) de que me esqueci

Os 7 "coisos" e "coisas" que desafio para esta coisa:

”Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti”.
Por isso, digo como outro dia: quem quiser, que pegue nisto…

terça-feira, março 20, 2007

Por um lugar...na bicicleta...

Os políticos estabelecidos querem aparecer, normalmente, perante a opinião pública como modelos de virtudes, paladinos da democracia, campeões da tolerância e do respeito pelos outros.

Tudo isso, enquanto a coisa não descamba para a peixeirada.

Porque aí, vêm ao de cima os instintos mais primitivos, o pé foge para o chinelo, e lá se vai a compostura e a elegância. E os ditos políticos escorregam do pedestal de superioridade para onde treparam e de onde, altaneiramente, costumam contemplar a polulaça, apenas com os breves interregnos da "caça ao voto". Nestas alturas, lá têm de fazer o sacrifício de aspirarem os odores da plebe e de se submeterem à babugem do ósculo indiscriminado.

Porém, quando o "caldo se entorna" a exposição das zaragatas básicas não fica bem na fotografia. Por isso, logo a seguir, é preciso debitar umas falinhas mansas, a pedir desculpas e a tentar sair airosamente da triste situação. Como se, afinal, nenhuma responsabilidade lhe pudesse ser assacada.

E, nestas alturas, é que vem mais ao de cima a perplexidade que nos assalta quando vemos justificar determinados privilégios de que usufruem algumas dessas personalidades, pela "dedicação à causa pública" e pela elevadas responsabilidades morais e cívicas que estão associadas ao desempenho das "altas funções que lhes são confiadas".

O mais triste e quiçá ridículo de tudo isto é que, muitas vezes, tudo acaba por resultar da acesa disputa por um lugar no taxi.

Bom, mas por este andar, uma bicicleta vai chegar...

segunda-feira, março 19, 2007

Um país de Doutores, Engenheiros, Generais,...


O grande Jorge Amado, escreveu, no seu livro "Os Velhos Marinheiros" a história de Vasco Moscoso de Aragão, que era um comerciante amargurado por conviver com amigos que tinham títulos académicos ou militares, enquanto que ele era, apenas, "Seu Vasco". Conseguiu, através de uma trapaça que os compinchas lhe engendraram, chegar a Comandante da marinha mercante. O resto da história é deliciosa e aqui se recomenda.

Este episódio poderia, no entanto, ser passado em Portugal já que, entre nós, desde sempre o título, académico ou outro, foi considerado como fundamental.

Num passado recente:

Sua Excelência o Presidente do Conselho de Ministros, Professor Doutor Oliveira Salazar

Sua Excelência o Governador da Província de Timor, Coronel FAA

E ainda hoje.

Veja-se, por exemplo:

Presidente da República, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, Primeiro-ministro,Engenheiro José Sócrates, Presidente do Governo Regional, Dr. Alberto João Jardim

e, ainda, Major Valentim Loureiro, Doutora Maria Lourdes Rodrigues, Engº Carmona Rodrigues, Engº Belmiro de Azevedo, ou, mesmo, Comendador Joe Berardo.

Mas, o que não deixa de ser curioso é que, quando nos referimos a personalidades estrangeiras, as coisas mudam de figura.

Ouve-se por aí falar do Dr. Tony Blair? Ou do Dr. Vladimir Putin?Ou da Mestre Madeleine Albright? Drª Condoleezza Rice? Drª Margareth Tatcher? Juíza Conselheira Ségolène Royal? Mestre Koffi Annan? Dr Jose Luis Zapatero? Dr John Kennedy?Sub-oficial Winston Churchill?

Ou mesmo no Dr. George Bush, muito embora o grau académico deste tivesse sido obtido por processos algo semelhantes aos do Comandante Vasco do Jorge Amado?

É que, não há dúvida de que continuamos a viver num país de doutores, engenheiros, arquitectos, generais...

Ou seja, continua a ser válida a célebre tirada de Almeida Garrett, pronunciada a propósito da distribuição de títulos promovida por Passos Manuel:

"Foge cão, que te fazem barão!

Mas senhor, para onde, se me fazem visconde!"

Almeida Garrett, que, no entanto, haveria de usar o título de... Visconde!