sexta-feira, março 07, 2008

Letreiros 10

Para este fim de semana, aqui vos trago uma nova série da minha colecção de letreiros, mais ou menos curiosos, mais ou menos insólitos.
Desta vez, recolhidos, algures, no Portugal interior.


E começamos com um talho, com uma designação mais que óbvia:

A aristocracia já não é o que era e tem, muitas vezes, de olhar pela vidinha de uma forma mais plebeia:
Há que fazer figas, para não necessitar dos seus serviços:
Se beber de mais, é uma gaita:
Um louvável esforço de internacionalização:
Há quem tenha ideias fixas:
Finalmente, a jóia da coroa desta série. Garanto-vos que não é montagem... Mas, afinal, qual será o ramo de negócio em que se insere este "cantinho"?

quarta-feira, março 05, 2008

As 5 maiores emoções...

Um destes dias, a propósito da onda de desafios que andam pela blogosfera, dei por mim a pensar no que escolheria, se tivesse de listar as 5 maiores emoções da minha vida.
Reparei que, a lista surgiu rapidamente.
E resolvo compartilhar convosco os resultados dessa reflexão.
Devo começar por referir, que apenas tive em conta emoções positivas, deixando, por agora, de lado, as que me causaram dor ou desconforto.
AS 5 MAIORES EMOÇÕES DA MINHA VIDA
A nível familiar:
-O nascimento do meu filho.
E é curioso e estranho que, estando eu à espera do acontecimento, passeando nervosamente no exterior da maternidade (nessa altura o pai não podia acompanhar as coisas mais de perto), às sete horas e cinco minutos da tarde, ouvi, claramente, um choro de bebé, que vinha através de uma janela. E tive uma secreta intuição:"É o meu filho que acaba de nascer". E, passada cerca de uma hora, quando, com o coração aos pulos pude ver o rebento, soube que ele tinha nascido precisamente, às sete horas e cinco da tarde.
A nível político:
-O 25 de Abril.
Mesmo estando, como aqui já referi, muito longe de Portugal, a perspectiva de ver o meu país, finalmente liberto de mordaças e algemas, foi um momento inesquecível. Essencialmente, porque, apesar de a esperança viver sempre cá dentro, por vezes já descria que essa "manhã clara" deixasse de ser apenas um sonho.
A nível artístico:
-A peça "Morte e Vida Severina".
Nos anos sessenta, em plena ditadura do Estado Novo e também da ditadura militar brasileira, um grupo de teatro de estudantes da Unversidade Católica de S. Paulo (TUCA) trouxe ao Porto, a encenação de um longo poema de João Cabral de Melo Neto, com música do Chico Buarque (então ainda um ilustr desconhecido), que me tocou no mais fundo da minha sensibilidade. Não só pelo que significava em termos de ideais de justiça social, de liberdade e de anseios por um mundo melhor, como pela enorme beleza de um espectáculo que não precisava quase de cenários e figurinos, para ser inolvidável.
A nível profissional:
- O dia em que chegou a notícia da minha aposentação.
Pode até parecer absurda esta escolha. Que vem sobrepor-se a toda uma vida em que me empenhei numa profissão que foi sempre aquela que eu quiz. Mas, na parte final da minha carreira, vi-me tão cercado, tão humilhado, tão frustrado, que o sentir-me liberto daquilo que já estava a ser um pesado fardo, fez-me soltar um suspiro de alívio e um grito de alegria...
A nível desportivo:
- A conquista, em Sevilha, pelo FCP, da taça UEFA.
Nunca escondi, que gosto de futebol, embora não seja um fanático e um alienado pelas reacções primárias que, muitas, vezes, este fenómeno desperta. Mas ter estado ali, sob um calor tórrido, a vibrar com as incidências de um jogo que teve dúvidas e incertezas até ao fim, foi, também inesquecível. Assim como o foi o regresso a casa, numa "directa" Sevilha-Porto", sem largar o volante, com mais quatro "maluquinhos", apenas com uma breve paragem para o pequeno-almoço.
E pronto. Aqui me desvendei mais um pouco.
Não encarem isto como a resposta a um desafio ( saiu apenas da minha cabeça) nem com uma proposta para ninguém continuar.
Mas, se alguém, de algum modo, quiser pegar na ideia, esteja à vontade...

terça-feira, março 04, 2008

Blog Destak, de Fevereiro/2008


A Isabel Filipe, acaba de me distinguir com o Prémio Blog Destak relativo a Fevereiro de 2008.
Conforme já disse, esta é uma iniciativa diferente das muitas que actualmente circulam pela blogosfera.
Precisamente por ser pessoal e intransmissível, por ser outorgada apenas pela sua criadora , não corre o risco de se vulgarizar.
Deste modo, perdoem-me a imodéstia com que, orgulhosamente, exibo este prémio que vem mais da amizade da Isabel do que do merecimento destas despretenciosas peciscas que aqui vou entaramelando.
E, desde já, aqui expresso também o meu agradecimento, pelas palavras bonitas que, a propósito deste galardão, deixaram na caixa de comentários da amiga.
Bem hajam!
E, é claro que, com todo este mimo, vão ter que me aturar mais uns tempos.

segunda-feira, março 03, 2008

As boas companhias...

Nos jornais deste último fim de semana, abundam as notícias e os artigos sobre a crise que está instalada na Educação.
Para além das reportagens sobre as quase diárias manifestações de professores, grande parte delas à margem dos próprios sindicatos, registem-se os sucessivos comentários que se referem às políticas desastradas do Ministério da Educação. Por exemplo, Vasco Pulido Valente, demostra como é inexequível o modelo de avaliação de professores. Daniel Sampaio, fala sobre o novo estatuto do aluno, entretanto suspenso, para concluir que o mesmo deveria, pura e simplesmente, ser eliminado.
Perante todo este cenário, a Ministra está cada vez mais isolada.
Mas, no sábado, recebeu um balãozito de oxigénio. Esteve em Gondomar, onde foi apoiada e elogiada por... Valentim Loureiro e por Albino Almeida, presidente das Confederações de Pais (CONFAP).
Sobre a qualidade destes apoios, quase não seria preciso falar.
Mas talvez seja necessário dizer, essencialmente para quem não esteja devidamente informado que a Confap é subsidiada directamente pelo gabinete da ministra. Em 2006, foram mais de 77 mil euros . Em 2007 foram, no primeiro semestre, transferidos quase 40 mil euros.
Na posse destes dados, talvez se compreenda melhor o afâ do referido presidente (que, afinal, foi em tempos professor) em defender o ministério. E é preciso não esquecer que a Confap representa interesses muito válidos, mas essa representatividade é muito reduzida. Arriscaria a estimar que, dos encarregados de educação portugueses, não chegará aos 5%, a filiação em associaçoes de pais.
Então, estando a ministra cada vez mais isolada, quase que só defendida pelos políticos do PS (e não por todos, como também se sabe), por que é que se mantém? Perguntem a aquem sabe...
Cá por mim, era capaz de sugerir que uma boa altura para a senhora fazer as malas da 5 de Outubro, seria a da interrupção das actividades lectivas da Páscoa. Sem os professores nas escolas e com tudo mais calmo, quase que nem se daria conta...
Vamos a ver se será assim...