sexta-feira, agosto 31, 2007

Crónicas de uma viagem 5 ...ou...Letreiros 8

As férias, quando ando por aí, são sempre uma excelente oportunidade para aumentar a minha colecção de letreiros ou dísticos, curiosos, bizarros, inventivos.
Aqui vos mostro mais alguns exemplares, recentemente recolhidos na minha digressão por terras beirãs.
E ainda ficam, de reserva, mais uns quantos...

Comecemos por uma firma com um nome não muito másculo...
Já esta, inspira confiança...
Ui, que imaginação perigosa...

É que os inventores de t´shirt andam sempre à procura de provocações dúbias...

Afinal, a costureirinha, trabalhava, também, em ...cabedais...

Também haverá bolos do proletariado?...
Ai esta Língua Portuguesa, tão traiçoeira...
Estamos, como se sabe, num país de fortes convicções religiosas...

Mas este, por estranho que pareça, é um restaurante (onde, digo-vos por experiência própria, se come bem)...
E este, é um café...

E este, um bar...

Negócios de família, abundam...

Até com carnes se pode exercer uma função pedagógica (à atenção da Senhora Ministra)...

Este vai logo directo ao assunto...


E, por hoje é tudo. Voltarei à carga com a segunda dose...

quinta-feira, agosto 30, 2007

Crónicas de uma viagem 4

No fim de semana, havia uma feira medieval em Mangualde.
Aliás, está a multiplicar-se este tipo de certames, um pouco por todo o lado.
A multiplicação conduz, inevitavelmente, a alguma adulteração da verdade histórica. Assim, é possível verem-se tendas com venda de artesanatos mais ou menos industriais, designadamente asiáticos, comeres de origem muito mais recente, ou jovens figurantes de sapatilhas ou cuecas azuis, nada medievais.Ou mesmo letreiros de sentido algo...equívoco...
No entanto e, apesar de tudo, vale a pena apostar nestas iniciativas. Quanto mais não seja, porque podem contribuir para uma aprendizagem mais estimulante da História .


foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas

terça-feira, agosto 28, 2007

Crónicas de uma viagem 3

foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas Conheci Piódão há muitos tempo, e fiquei fascinado pela beleza daquela aldeia perdida num recanto das serranias beirãs.
O trabalho de requalificação da terra, conservando a pureza da traça original das ruas e habitações, foi notável.
Haveria de lá voltar, acompanhado pelo herdeiro e repectiva mãe, e por ali andámos, pelas ruelas estreitas,desvendando cantos e recantos, subindo até à eira que domina a aldeia.
O filhote, na altura com pouco mais de uma dúzia de anos, adorou aquele contacto com uma realidade rural que, citadino de nascença e de vivência, era, de certo modo, virgem para ele.
Agora, que estava perto, desejei revisitar o Piódão das minhas memórias.
E lá fui. Depois de estar com o Manel e a Mushu,nas Três Entradas e de ter almoçado em Barriosa, fiz-me à estrada ,sinuosa, estreita e correndo por vertentes abruptas.
Mas o Piódão que me esperava não era o que eu conhecia.
A aldeia, o xisto, as casas, lá estão.
Mas, também estão (ou estavam nesse dia) montes de automóveis.
Enchendo o largo (ainda por cima em grande parte ocupado por vendedores de artigos diversos), ocupando metade da estreita estrada que é o único acesso ao lugar, em centenas de metros onde era impossível cruzarem-se dois veículos.
Como detesto a confusão e aquilo não tinha a ver com as razões que me lá levaram, só tinha uma solução: dar meia volta (com alguma dificuldade de manobra, diga-se) e regressar à origem.
É o grande problema dos locais que se transformam em atrações turísticas: começam a ser demasiado conhecidos e perdem o encanto original.
Ou será que fui eu que, naquele dia, tive azar?

segunda-feira, agosto 27, 2007

Crónicas de uma viagem 2

foto Peciscas
foto Peciscas foto Peciscasfoto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
Em cumprimento de uma das preciosas sugestões do Manel, fui descobrir um aprazível local, não muito longe da Ponte das Três Entradas. Trata-se da Barriosa, freguesia de Vide onde há um recanto, de facto imperdível. Tinhas razão, amigo!
Aqui se mostra como, com amor ao património natural, com gosto, com poder de iniciativa e algum investimento, se montam infra-estruturas que prestam excelentes serviços às populações. Dei comigo a comparar o que ali se passa com o meu tão maltratado rio Tinto, sujo, desprezado, entubado...
Fui também encontrar aqui um restaurante, que não encontraria sem a ajuda do Manel, pois, na estrada, não existe qualquer indicação que nos guie até lá. Disse-me a simpática dona da estabelecimento que já pediu a colocação de uma tabuleta, mas as questões burocráticas, como sempre, estão a emperrar a concretização do pedido.
O restaurante ocupa um antigo lagar de azeite, sendo ainda visível, no topo, a grande roda que, pela força das águas, gerava energia necessária ao trabalho de espremer as azeitonas.
Ali se almoçou, com a agradável surpreza de as entradas da refeição, variadas e numerosas, não serem pagas pelo cliente, já que estão incluídas no preço do prato consumido. Convenhamos que não é muito habitual...