sábado, setembro 24, 2005

MUNDIVIVÊNCIAS



Fernanda Marinho é uma pintora nascida no Porto, que tem patente, na galeria 153, na Rua Álvares Cabral nº 153, nesta cidade, uma exposição, ontem inaugurada, e que poderá ser visitada até ao dia 13 de Outubro.
A quem andar por perto, o Peciscas recomenda um saltinho até lá.
A Fernanda, muito mais do que , com pincéis, tintas e técnicas inovadoras e apuradas, pinta com a inteligência, a sensibilidade e uma rigorosa e persistente atenção ao Mundo actual.
Se puderem, vão apreciar os seus trabalhos e, depois, vão-me dizer se valeu a pena!

quinta-feira, setembro 22, 2005


Aqui volto às memórias sobre a minha passagem por Timor.

Nos velhos tempos da administração portuguesa, havia em Timor uma emissora radiofónica, que pomposamente se designava como "a voz de Portugal na Oceania"
Os estúdios eram constituídos por um barracão sem qualquer insonorização, de tal modo que, quando o galo do vizinho cantava, todos os ouvintes escutavam os seus estridentes gritos. As aparelhagens que utilizava nas emissões, eram mais do que obsoletas e , no essencial, constituídas pelas peças que a Emissora Nacional de cá, rejeitava, por estarem de todo ultrapassadas.
O director de tal emissora era um antigo sargento do exército que, acabada a sua comissão de serviço militar, resolveu instalar-se naquele território, onde, mercê do seu bom convívio com as autoridades, foi singrando, chegando à chefia de serviços públicos com algum relevo.
Ora, este homem, numa dada fase, fazia um programa, em directo, que encerrava a emissão diária. E, antes de desligar o emissor, transmitia o hino nacional, como aliás, acontecia na então designada "metrópole".
Acontece que o indivíduo, solteirão mas nada avesso aos encantos femininos, tinha a viver na sua casa, duas protegidas, como é óbvio, bastante mais jovens. As quais, como não tinham, por parte do bondoso director, a devida e conveniente "assistência técnica", eram particularmente permeáveis aos encantos de um fogoso alferes miliciano que, enquanto o homem falava ao microfone da rádio, atacava as ditas cujas (conhecidas na altura pelas "galinhas do JM") no leito do anfitrião involuntário.
O receptor da rádio, nessas alturas, permanecia convenientemente ligado, para que, quando soasse o inevitável hino nacional, se desse a retirada estratégia e apressada do habilidoso alferes.
E tudo funcionou às mil maravilhas, até ao dia (noite) em que, as lides estiveram mais intensas e ardorosas e ninguém ouviu aquele símbolo pátrio. Deste modo, o bom do homem chegou a casa e deu conta do flagrante delito.
Ao que consta, a partir daí. o dito JM deixou, definitivamente, de fazer emissões em directo.

segunda-feira, setembro 19, 2005

TODOS OS ANOS, PELO OUTONO...

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Acabam de sair as listas de colocações no Ensino Superior dos jovens que a ele se candidataram.
Estes são sempre momentos que esses jovens e seus familiares vivem com particular emoção e angústia.Há não muito tempo também houve cá em casa essa vivência. E há mais membros do clã a aproximarem-se desse degrau da escada da vida.
Para muitos, o resultado traz uma explosão de alegria.Mas, para bastantes, chega a frustração de se ver adiado ou até compremetido o concretizar do sonho.
Penso que este sistema de acesso precisa urgentemente de ser revisto, porque traz injustiças e incongruências para além de fomentar sentimentos nem sempre louváveis de individualismo e de egoísmo.
Há jovens que, por vezes impulsionados pelos pais, apostam tudo na entrada em determinado curso que é socialmente mais valorizado e, quando lá conseguem chegar, descobrem que se enganaram e que "não era aquilo que queriam". Ou, em sentido oposto,como último recurso, vão para um curso sem saídas profissionais.
E todos perdemos com essas situações.
De qualquer modo, e sem prejuízo de voltarmos a falar do assunto, o Peciscas aqui deixa os parabéns áqueles que conseguiram os seus objectivos e uma palavra de incentivo aos que ainda não o concretizaram, para que não desistam e voltem a tentar.