sexta-feira, maio 09, 2008

Post sonoro 22


No post sonoro de hoje, dou-vos a ouvir, alguns dos sons que se podem ouvir na minha rua. E, palavrinha que, aqui, não há truques ou montagens.
Todos os sons que aqui se ouvem, são originais, naturais e obtidos numa só gravação.

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quinta-feira, maio 08, 2008

Debate "Amizades reais/amizades virtuais"- 5

Hoje publico mais dois textos no debate que, por ora se interrompe, para concluir na próxima semana.
E reuni, neste mesmo post, dois amigos, com quem tenho o prazer de contactar, de vez em quando e que são , também, amigos entre si ("manos" como carinhosamente se apelidam).
A Helena ( a nossa Nucha), terá sido a primeira pessoa que saudou a minha entrada na blogosfera. O Eduardo, agora um pouco menos presente, por razões muito íntimas que ele deu a conhecer no seu Bloguices, além do mais, foi o meu conselheiro técnico quando debutei nestas coisas.

Curiosamente, comecei nestas andanças da internet e da blogosfera por uma questão de economia...Nessa altura, a minha filha estava a viver nos Estados Unidos, e como telefonar se tornava dispendioso, optámos por nos falarmos via Eurochat.
Vai daí, iam aparecendo outras pessoas que metiam conversa. Umas bem intencionadas, outras, nem tanto.
Mas na vida real não acontece o mesmo?
Posso dizer que sou uma mulher de sorte. Que encontrei aqui bons amigos, bem reais.
Mesmo não conhecendo, pessoalmente, alguns, sinto que quando teclamos ou falamos (como as novas tecnologias permitem) eles estão ao meu lado e assim se tornam reais.
Quando leio ou ouço dizer carinhosamente "a nossa Nucha", quando me abrem o seu coração, quando me abrem as portas das suas casas, quando me preocupo com eles e eles se preocupam comigo, não posso dizer que se trata de algo virtual
Perigos na Internet? Só se não tivermos maturidade e perspicácia para separar "o trigo do joio". É tão fácil descobrir a verdadeira intenção das pessoas, se estivermos atentos. Ninguém engana ninguém o tempo todo.
As motivações para este tipo de interactividade são várias. Podem passar pela solidão (nalguns casos) ,mas não necessariamente.

Nucha


Amizades reais/Amizades virtuais

Tudo depende da variante em que estamos, amigo António.
A Internet é uma coisa, a realidade pode ser outra. Há aqui várias situações que podemos esclarecer; quem tecla, transmite o que quer. Quem escreve apenas, simbolicamente, testemunhamos o seu estado de alma, e acompanhamos o seu desenrolar do dia-a-dia como quem bebe um café matinal à mesma hora e nos encontramos por acaso.
Por outro lado, existem laços que se vão criando pela forma como que nos interligamos e nos vamos “conhecendo”.
Há um factor importante a ter em conta: a necessidade de diálogo, de ouvir do outro lado uma palavra de apoio, um carinho ou uma atenção que nos faça sentir que estamos cá. No meu pensamento, alastra a ideia de que a maior parte das pessoas precisa (necessita) de extravasar, dialogar, estar na frente.
Num outro dia, o Pedro Lomba (com quem me cruzo esporadicamente) chamou-me “veterano” nesta brincadeira dos blogs. Talvez com a razão dele. O certo é que quem anda aqui vai fazer seis anos, é “obrigado” a estar atento ao que tu chamas de amizades virtuais. No meu caso, não me posso queixar. Sempre tive o claro “encosta-te a mim” cantado por quem conheces, e que por vezes não sou capaz de lhe dar seguimento pelas razões que são conhecidas dos mais próximos. Mas, inclusive, como também sabes, nunca me neguei a qualquer diálogo, ou ajuda, de quem precisasse.
Por isso, e tudo o mais que a gente vai aprendendo, posso afirmar que fiz AMIGOS que nem sequer conheço, e tenho plena confiança de que não me engano quando os refiro como tal.
Daí, não concordar em absoluto com a Paula Raposo, que continuarei a estimar, quando afirma que um dos problemas dela é não acreditar nas pessoas. Terá as suas razões. De qualquer forma, de todos quantos me possa livrar (os problemas), esse nunca será um deles. Até prova em contrário, acredito na rapaziada dos blogs que fazem questão de serem meus amigos. Sejam eles reais ou virtuais.
Um abraço.
A gente vê-se por aí.
Eduardo

quarta-feira, maio 07, 2008

Debate "Amizades reais/amizades virtuais"- 4

Chegou a vez de dar voz à amiga e artista que é a Isabel Filipe.
Após alguns dias em torno do mesmo tema, quem me visita vai , por vezes, sentir que o seu comentário poderia ser repetitivo. Assim, quem ler, poderá optar por sair sem comentar ou apenas deixar uma palvra ou um smile, como se fosse um "cartão de visita".


1- As amizades que eventualmente se possam criar através da internet e, designadamente, ao circular na blogosfera, serão mesmo virtuais, por isso mesmo fictícias, ou podem ser bem reais?
Da experiência que tenho ... as amizades não são ficticias ... são bem reais ... e para tal não é obrigatório conhecer-se pessoalmente a pessoa ... poderão haver outros relacionamentos que não sejam amizade ... chamemos-lhes de "camaradagem" .... damo-nos bem com alguém ... gostamos de conversar ... mas isso não quer dizer que seja amizade ...
Na net fiz verdadeiras amizades ... posso contar-te um exemplo: uma das minhas melhores amigas actuais, considero-a como uma irmã ... conheci-a há uns 7 anos pela net .... só nos encontramos fisicamente pela 1ª vez aí há uns 3 anos e meio ... e não foi um 1º encontro ... conheciamo-nos realmente há já os tais 7 anos ....
2 - Haverá perigos ou contra-indicações que nos levem a evitar este tipo de relacionamentos?
Claro que há ... mas como em tudo na vida há que saber-se separar o que é bom do que é mau ... quando se é simpático demais corre-se o risco de ser mal interpretado .... e eu já tive um problema relativamente chato com um idiota que se armou em "engatatão" ... mas serviu-me de emenda ... passei a estar sempre muito atenta a esse género de sinais ...
3 - Será que a internet estará a contribuir para um maior isolamento das pessoas, ou será precisamente o contrário?
Não creio ... acho precisamente o contrário ....
Eu não comecei na internet pela blogosfera, mas sim pelos grupos do MSN ... as saudades batiam e eu andava à procura de recordações de Moçambique .... através desses grupos conheci pessoas novas e reencontrei pessoas que não via há quase trinta anos ... foi deveras gratificante ... Entretanto, junto com dois amigos, criámos um grupo no MSN, que hoje tem mais de 600 participantes ... foi gratificante ... é gratificante ... contribuimos para o reencontro de imensa gente ... pessoas de Moçambique ... antigos combatentes ... pessoas de algum modo com alguma ligação a Africa ... organizam-se convivios ... trocam-se lembranças e vivências actuais ....
Se quiseres espreitar vê nos meus links MGM - Moçambique, Gentes & Memórias ....
4 - Será verdade que as pessoas que usam a internet como forma de relacionamento inter-pessoal, têm um perfil que passa pela solidão, por alguma espécie de frustração da vida social e ou familiar?
Dum modo geral claro que não ... embora todos saibamos que há muitos que andam aí pela internet que sofrem disso ... são normalmente os tais que têm "duas caras" ....

terça-feira, maio 06, 2008

Debate "Amizades reais/amizades virtuais"- 3

Neste debate, tem agora a palavra a amiga Fatyly .
Conforme tenho vindo a dizer, compreenderei que quem me visita possa , por vezes, sentir que o seu comentário poderia ser repetitivo. Assim, quem ler, poderá optar por sair sem comentar ou apenas deixar uma palvra ou um smile, como se fosse um "cartão de visita".

1-Podem ser tão reais como as de outrora, ou seja na época das cartas em que durante anos havia uma cumplicidade na troca de correspondência. Nunca tive nenhum(a) correspondente, mas conheço quem ao fim de 20/30 anos tivesse conhecido o autor(a) das centenas de cartas que foram trocadas.
As amizades criadas aqui podem ter o mesmo conteúdo e textura das no dia-a-dia: ou acabam ou conhecem-se e ainda se tornam mais fortes.
2- Há sempre perigos e contra-indicações, porque a vida é recheada de tudo isso e não é por isso que deixamos de gostar de viver.
3- Poderá ser mais um meio para o isolamento de alguém que por si só já se tinha isolado na vida. Mas falo por mim, que não dependo da internet e é gratificante ler, ler-vos e quem sabe um dia conhecer pessoalmente quem está por detrás desta tela. Se estiver aqui e alguém telefonar ou bater à porta... queres ir ali ou acolá? fecho de imediato o PC e vou dar uma volta.
4- Não necessariamente embora exista de tudo, como lá fora.
Mas olha lá rapaz quem já não teve ou tem frustações da vida social e ou familiar? Para mim...amigos vão, amigos vêm e não fico a marinar nos que já me lixaram ao longo da vida, incluindo familiares! O meu desejo é "liberdade e que sejam felizes"!
A maior frustacção que tenho é de não ter poderes mágicos para pôr fim ao "sofrimento dantesco" que muitos passam, transvessal a todas as idades, sexo e raça... até chegar à palavra FIM. Não quero, não quero mas não sei se será esse o meu destino e...enfim! "

segunda-feira, maio 05, 2008

Debate "Amizades reais/amizades virtuais"- 2

Retomo a publicação dos textos que tenho recebido para intervenção no debate que lancei na semana passada.
Desta vez, divulgo o depoimento de uma amiga do Brasil, a Maray.
Conforme já disse, dado que o assunto dos próximos posts será sempre o mesmo, compreenderei que quem me visita possa , por vezes, sentir que o seu comentário poderia ser repetitivo.
Assim, quem ler, poderá optar por sair sem comentar ou apenas deixar uma palvra ou um smile, como se fosse um "cartão de visita".

"Você quer saber sobre amizades virtuais.
Olha, acho que pode sim, existir algum risco. Pelo menos aqui no Brasil já tivemos muitos casos de moças e senhoras que foram roubadas, agredidas e até mortas por uso de internet na busca de parceiros. Por outro lado, conheço dois blogueiros que encontraram suas esposas através da internet e com elas estão para mais de 10 anos.
Acho que há problemas em toda parte. Há que se tomar cuidado e usar o bom senso.
Mas no caso de blogs como os nossos, de crônicas geralmente, não vejo nenhum problema. Eu sempre busco por blogs literários ou de crônicas, reminiscências, humor. Sabe o que costumo fazer? Vou ao google e digito uma palavra não muito usual. Como resposta vêm também os blogs. Encontrei vários assim.
E nesse universo, fiz muitos amigos!
Por mais que a pessoa se esconda atrás de uma história, de um conto, de uma crônica, depois de algum tempo dá para perceber o caráter, traços de personalidade.
Tá bom, muita gente poderá argumentar que os maiores criminosos foram gente inteligente, meticulosa, planejadora. Mas eu tendo a confiar no ser humano.
Veja você: a gente não se conhece, mas sabemos ter muitos gostos em comum. A faixa etária também. Estou com 58 e você não tem tantos mais assim. Somos bem casados. Temos filhos. Gostamos de animais.
Se um dia eu for a Portugal - e pretendo - gostaria de conhecê-lo sem medo. Acho que a gente se daria bem.
Foi assim com 3 amigas argentinas que conheci através de blogs. Mês que vem volto a Buenos Aires e estarei com elas. O mais interessante é que elas não se conheciam entre si e acabaram, até por minha interferência, tornando-se amigas também!
Isso é uma coisa que só a internet pode propiciar!
Outro lado interessante da internet é a proximidade. Meu filho vive em São Francisco. Está lá há 3 anos, casado. Quando aqui estava, apesar de morar relativamente perto, só me telefonava ou visitava de quando em vez, apesar da gente se adorar.
Agora com internet e também pela saudade que a distância dá, falamo-nos muito mais!
É claro que eu preferia que ele estivesse aqui, mas imagino como seria essa distância entre nós sem internet! Com a rede eu posso saber se ele está trabalhando ou não, pelo messenger podemos falar, pela webcam podemos nos ver, pelo flicks trocamos fotos.
E não, não me considero nem problemática, nem mal amada, nem solitária de qualquer maneira. Faço uso da rede porque ela me dá prazer. Como fazer artesanato, como ler, como ouvir boa música, como até mesmo fazer palavras cruzadas. São passatempos que me dão alegria. A internet é mais um.
Tentei responder. Não sei se a contento.
Quem sabe não estará perto o dia em que nos conheceremos? Ou nós aí ou vocês aqui!
Minha casa está de portas abertas. Casa simples mas amiga. E abro as portas sem medo nenhum. Confio no "peciscas" !