sexta-feira, maio 02, 2008

Antiguidades 1

foto Peciscas Este almofariz, foi de um bisavô, passou para o avô Aleixo, depois para a minha mãe e hoje está cá em casa. Se tudo correr como até agora, ficará com o meu filho.
Pelas minhas contas, terá cerca de duzentos anos.
Há quem não se prenda muito a estas velharias.
Mas, cá para mim, elas ajudam a manter a identidade de uma família.
A fazer reviver gente que sonhou, amou, teve esperanças e desilusões. Depois passou, e duas gerações após, já quase não deixa rasto.
Se cortarmos definitivamente com os laços do passado, será, também, um pouco de nós que morre.
NOTA - A publicação dos textos para o debate, continuará na próxima semana.

quinta-feira, maio 01, 2008

Apenas mais um feriado?


Quando, um pouco por todo o mundo, e passados tantos anos, a fome persiste, milhões e milhões de desempregados vivem dramas diários, quando as injustiças sociais não cessam de se agravar,quando o trabalho infantil é uma chaga sempre presente, quando há homens que escravizam outros homens, obrigando-os a trabalhar em situações inumanas terá ainda sentido comemorar o Dia Internacional do Trabalhador?
Ou não estaremos apenas perante mais um dia feriado?

quarta-feira, abril 30, 2008

Amizades reais/amizades virtuais- Debate 1

distinção atribuida pela amizade da Wind e do Armando
Lancei há dias uma proposta para debatermos uma questão que muitas vezes se coloca a quem viaja na internet e, em particular na blogosfera.
Como já estava à espera, houve muita gente que por aqui passou e saiu silenciosamente. Ou porque o tema não lhe dizia nada, ou porque não sentiu ter nada para dizer ou, muito simplesmente, porque não se quiz expor. Para essas pessoas, toda a compreensão e nenhum ressentimento. Uma das coisas que mais prezo na vida é a liberdade que cada um deve ter, para agir da forma que melhor entender.
Mas, também sabia, que tenho a felicidade de contar com
um precioso lote de gente que sinto bastante próxima eque correspondeu ao meu "desafio".
Assim vou passar a divulgar as opiniões que me chegaram, quer por e-mail, quer pela caixa de comentários.
E vou ter "pano para mangas" pois, como tenho diversos textos para publicar ( e outros ainda vão chegar), terei que desdobrar este debate por vários posts, em dias diferentes.
E, desde já, quero dizer-vos que, é bem possível que os meus visitantes habituais sintam alguma dificuldade em comentar as participações das várias amigas e dos vários amigos que por aqui vão passar. Por isso, se não tiveres nada a acrescentar, não precisas de deixar comentário. Ou então, se preferires, deixa um comentário em branco ou com um breve "smile" assim como quem deixa apenas um cartão de visita a dizer "estive cá!".
A primeira intervenção no debate pertence à Paula Raposo que, com muita pena minha, interrompeu recentemente a publicação do seu espaço. Espero que, em breve, o retome.

"Comecei a relacionar-me com pessoas através da internet há 3 anos, em 2005.Não farei um apanhado dos que considero amigos virtuais ou não, uma vez que na vida real poucos são os que considero amigos, mesmo muito poucos. Aliás, como bicho do mato que sempre fui e sou, prezo bastante a minha intimidade, embora eu saiba que não é essa a imagem que transmito. Defeito meu, sem dúvida. As amizades virtuais podem tornar-se reais, tal como uma real o é. Não acredito totalmente nisso, porque ao longo destes 3 anos sempre necessitei de tentar conhecer pessoalmente as pessoas com as quais dialoguei via computador. Se tal não é possível, a conversa termina por aí. Penso que no final existe sempre maior isolamento das pessoas e que o veículo internet que parece o contrário, para mim não o é. Quanto às pessoas que se conhecem virtualmente se têm mais ou menos frustrações a algum nível, não sei. Alguns sim, outros não.Que isto é mundo diabólico em todos os sentidos, quero eu dizer, incluindo a realidade, é.Que existe cinismo, hipocrisia, mentira, falsidade existe, como nos relacionamentos reais. Resumindo: não acredito nas pessoas, mas o problema é meu."

(Paula Raposo)

segunda-feira, abril 28, 2008

Amizades virtuais /Amizades reais

Um destes dias, falava aqui das chamadas "amizades virtuais". E ameacei voltar ao assunto.
Mas, depois de pensar nesta questão, decidi abordá-la na forma de "post interactivo".
Ou seja, em vez de ser eu, desde logo, a dizer o que penso, vou pedir aos meus amigos e amigas que queiram "alinhar", que me façam chegar os seus pontos de vista.
Preferencialmente através do e-mail

Mas, quem o preferir, poderá usar a caixa de comentários.
Os tópicos (se calhar algo provocatórios)que, para já, lanço são:

1- As amizades que eventualmente se possam criar através da internet e, designadamente, ao circular na blogosfera, serão mesmo virtuais, por isso mesmo fictícias, ou podem ser bem reais?
2 - Haverá perigos ou contra-indicações que nos levem a evitar este tipo de relacionamentos?
3 - Será que a internet estará a contribuir para um maior isolamento das pessoas, ou será precisamente o contrário?
4 - Será verdade que as pessoas que usam a internet como forma de relacionamento inter-pessoal, têm um perfil que passa pela solidão, por alguma espécie de frustração da vida social e ou familiar?

É claro que, para além destes tópicos, quem quiser colaborar, poderá fazê-lo na perspectiva que muito bem entender.
Para que mais gente possa aceder a esta proposta, vou deixar este post "no ar" durante alguns dias.
Fica, então, lançado o debate!
Fico à espera das vossas contribuições, que, depois, irei dando a conhecer, ao longo dos próximos dias.No final, entrarei eu para as conclusões.
(a propósito, quem quiser recordar a imortal cração do Zeca, para de algum modo se inspirar , clique no botão do player seguinte)