sábado, janeiro 15, 2005

PARECE QUE FOI HOJE

"O País perdeu a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre cidadãos. Já não se crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! "

Quem o disse foi este Senhor

Em Junho de 1871("Uma Campanha Alegre").
Há mais de cem anos.
Ontem.
Hoje...

sexta-feira, janeiro 14, 2005

MAIS DO MESMO ? 2

José Sócrates acaba de anunciar que, se ganhar as eleições, não admite a possibilidade de repor os benefícios fiscais que o governo de Santana Lopes aboliu.
Sem entrar pela questão de se saber se esses benefícios são ou não socialmente justos e necessários, há reflexões que não podemos deixar de fazer.
Com efeito, na altura em que foram anunciadas essas alterações, não me lembro de ouvir o líder do maior partido da oposição aplaudir a medida ou, pelo menos, dizer que a ela não se opunha. Agora, perante uma situação política diferente, pouco a pouco, e sempre em nome da estabilidade ("houve uma decisão que não deve ser alterada"), vai adiantando a sua concordância com decisões, por vezes controversas, do governo em funções.
Sendo assim, muitos eleitores poderão ficar ainda mais confusos do que, provavelmente, estarão neste momento. Afinal, se tivessemos de escolher, apenas, entre os dois actuais maiores partidos (o que, como todos sabemos, não é obrigatório), quais as diferenças substantivas que determinariam a nossa opção?

quinta-feira, janeiro 13, 2005

NÃO SEI SE ME ENTENDEM (podem chamar-lhe metáfora)


Mas a questão é esta: à minha volta há todo um ruído de fundo que não me diz nada.
Há muitos a quererem chamar-me a atenção para que os olhe (mesmo quando me põem, sistematicamente, palas nos olhos...) e faça o que eles pretendem que eu faça. Que vá por onde eles querem que vá.
Mesmo que eu não queira.
Mesmo que apenas pretenda manter a cabeça dentro do meu saco e continuar, calmamente, a fazer o que para mim é essencial.
Mas, que querem? Que culpa tenho de não vos entender, ou melhor, de nem sequer vos ouvir?
Já sei que sou irracional. Mas deixem-me continuar assim, e não invadam a minha privacidade. Posted by Hello

MAIS PECISCAS FUTEBOLEIRAS (neste caso, com certificado de origem)

O Um belo par de mãos! (a propósito de um guarda-redes)

O Ronaldo acaba por perder o pé de apoio!

O Mourinho tem melhor recheio!

O Mourinho é sempre imprevisível ... dentro de uma certa matriz.

Peciscas oriundas de Gabriel Alves (produtor afamado e com certificado de origem), ontem, no decorrer do jogo Chelsea- Manchester United.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

PAZ


Em Itália, no passado Verão,vi centenas (milhares?) de bandeiras como esta (talvez porque havia militares italianos no Iraque):

Posted by Hello
Em Portugal, no passado Verão, também se viram, nas janelas, milhares de bandeiras nacionais.Fui um dos que contribuiu.
A Paz, sendo uma causa internacional, também é nossa.
Seríamos capazes de pôr, nas nossas janelas, bandeiras da Paz?

terça-feira, janeiro 11, 2005

POR UMA QUESTÃO DE SOLIDARIEDADE

Foi criado o Movimento de Quadros de Escola Desterrados, formado por professores que, pertencendo aos quadros de nomeação definitiva, se encontram colocados em escolas bem distantes das suas residências.Estes docentes sentem-se ultrapassados por colegas dos quadros de zona, ao invés daquilo que anteriormente sucedia, o que acontece devido às regras do concurso de colocação que foram introduzidas no passado recente.
Este movimento tem em subscrição na internet uma petição (QEscolaDesterrados@sapo.pt) para que sejam reanalisadas as prioridades relativas às referidas regras.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

O ESPECTÁCULO DA DOR

A todas as horas nos estão a chegar imagens da catástrofe ocorrida no sudeste asiático. Impressionantes, horríveis, macabras. Adjectivos que circulam, inevitavelmente, em conjunto com as imagens.
No entanto, estando longe de sugerir um qualquer fundamentalismo censório que venha limitar a liberdade de informar (bem basta o que já bastou tempo de mais) venho propor uma reflexão sobre a intrusão na intimidade das pessoas que algumas dessas imagens e relatos representam.
Tenho para mim que o sofrimento e a dor são (ou deveriam ser) sentimentos demasiado íntimos para serem devassados, por vezes com o mórbido intuito de serem vendidos na praça pública. E isto acontece, convenhamos, porque há audiências que se comprazem em olhar estes espectáculos. Com um sentimento semelhante a quem vai a assistir a funerais, não por solidariedade com os familiares de quem partiu (que nesse momento vão ter que passar ou pela exposição ou pelo recalcamento da sua fragilidade emocional), mas apenas para apreciar os contornos da dor alheia .
Não nos esqueçamos que, num tempo em que quase tudo se compra e se vende, há a correr ao lado destas e doutras tragédias, indústrias montadas com dinheiro a circular. Estações de televisão a comprar vídeos amadores não só para serem transmitidos nas suas redes, como também, para serem revendidos e passarem centenas de vezes por esse mundo fora;fotografias que entram nas agências e cada vez que são publicadas rendem dividendos. E muito mais.
Já é tempo, convenhamos, de se estancar esse caudal de exibição de desgraças que, por si só, não vem resolver as questões que se colocam aos países cujas populações foram mais duramente atingidas.
A justificação de que tal exibição é capaz de despertar a solidariedade generalizada, não é suficientemente forte e sincera para que a aceitemos de modo inquestionável.
A verdadeira solidariedade, aquela que tem efeitos mais profundos e perduráveis, tem que nascer de uma nova forma de relacionamento entre pessoas, povos e ideias. O que terá de assentar numa tarefa educativa gigantesca em que temos de envolver as gerações de todo o mundo.

domingo, janeiro 09, 2005

PECISCAS FUTEBOLEIRAS

Para incluir na pré-selecção com vista à eleição da PECISCA DO ANO

OIsto é para homens de barba rija, se não, qualquer dia ninguém pode tocar em ningúem! (Vitor Manuel, in SporTv).

OO jogador ganha a segunda bola ... (idem).(NR - será que o dito jogador só tinha uma ou o futebol, sem eu dar conta, mudou de regras e agora joga-se com duas. Neste caso, será por isso que o Vítor Manuel produziu a pecisca anterior da barba rija?).

OA pancada foi dada com a mão aberta, por isso não é uma agressão(Manuel Fernandes, in SporTv, após um jogador ter dado uma pancada na cara de outro).