sexta-feira, junho 13, 2008

Uma rosa de Karlovy Vary

A estância termal de Karlovy Vary (ou Carlsbad em alemão) na Republica Checa é famosa pelas suas nascentes de água medicinais, algumas brotando da Natureza a mais de 70 graus centígrados.foto Peciscas Estas águas, transportam em si grandes concentrações de matérias minerais, designadamente materiais ferrosos.
Esta imagem de um bebedouro mostra bem o depósito acastanhado, típico dos óxidos de ferro.


foto Peciscas Num dos dois rios que atravessam a cidade, onde confluem, são também visíveis as deposições deste tipo de materiais.
foto Peciscas Ora, esta localidade é um ponto de forte atracção turística, aliás bem assente num envolvimento das próprias agências , que nunca deixam de incluir uma visita a esta localidade.
E, não há dúvida de que, tudo está preparado para que o visitante ali deixe dinheiro.
Por exemplo, vendem-se lá umas flores que começam por serem feitas em papel. Mas são expostas, durante algumas semanas a este tipo de águas minerais quentes, que vão depositando, por evaporação os tais componentes. Assim, quando tal, a flor de papel petrifica e fica rígida.
Trouxe, da minha passagem por essa terra, um exemplar dessa rosa ferruginosa.
Aqui fica, como oferta a todas as minhas amigas que por aqui passarem.
foto Peciscas
foto Peciscas
Ora digam, lá que já alguém vos tinha oferecido uma rosa ferrugenta...

quinta-feira, junho 12, 2008

Tem de haver novas soluções!

Os acontecimentos dos últimos tempos, relacionados com a alta dos preços do petróleo e com a crise dos bens alimentares, vêm demonstrar, quanto a mim, a falência de um modelo económico e social.Que vem vigorando há muito tempo.
E, neste quadro, quem pode deixar de se considerar responsável ou, no mínimo conivente, com a situação ?
Vão aparecendo muitas vozes a alertar para as consequências imprevisíveis do agudizar das desigualdades, da penúria, do colapso das economias.
Mas, para além dos alertas, são precisas soluções.
Novas soluções e não as estafadas receitas do tipo "apertar o cinto", "cortar nos serviços públicos", "reduzir a assistência social" e por aí fora. Porque, tudo leva a crer que não estão a dar resultados consistentes e duradouros.
Apesar de tudo, faço um esforço por me manter optimista. Em acreditar que, mais uma vez, a Humanidade há-de "dar a volta por cima".
Tenho de colocar um capital de esperança no futuro, nomeadamente nas novas gerações. Que acredito, serão criativas e perseverantes, na procura de caminhos que não estejam, à partida, condenados a esbarrar contra muros intransponíveis..
Apesar de muita gente descrer nos jovens de hoje (como aliás, se virmos bem, tem acontecido em todas as épocas) eu não me resigno ao derrotismo de considerar que o mundo não tem amanhã.
É que, se ficarmos nesse beco sem saída, não nos restará outro destino que não seja o suicídio colectivo.
E isso, não aceito!

quarta-feira, junho 11, 2008

Os 50 anos da Lego


Foi há cerca de 50 anos que as peças Lego começaram o seu reinado.
De facto, muito embora o seu criador, o modesto carpinteiro dinamarquês,Ole Kirk Cristiansen, já tivesse trabalhado anteriormente com "tijolos" de encaixar, que foram, no fundo, os seus percurssores , só em 1958 é que os populares blocos para construções foram aperfeiçodos e patenteados.
Desde aí, por todo o mundo, milhões de crianças e de adultos, se divertiram com estas coloridas peças, fazendo e desfazendo construçôes, de maior ou menor porte, mais ou menos engenhosas.
Penso que será difícil encontrar alguém, que, em qualquer momento da sua vida, não tenha experimentado encaixar "legos".
O próprio nome da marca, acabaria, afinal, por se transformar num termo de uso corrente, que desde há muito serve para designar este tipo de peças.

terça-feira, junho 10, 2008

Neste feriado do 10 de Junho

Neste feriado do 10 de Junho, talvez venha, de algum modo, a propósito, relembrar a "Marcha do Pião das Nicas" do saudoso Carlos Paião, que, quanto a mim, foi um construtor de canções que manobrava muito bem palavras e sons.

segunda-feira, junho 09, 2008

A relatividade dos nossos problemas

Um destes dias ouvi uma entrevista com o jornalista Luis Castro que, se não estou em erro, trabalha para a televisão.
Ele tem actuado, designadamente, em cenários de guerra e em zonas onde ocorrem catástrofes.
Segundo disse, já assitiu à morte de um soldado que se esvaia em sangue e já teve uma criança a agonizar nos seus braços. Sem nada poder fazer, acrescenta.
E disse mais.
Depois dessas ocorrências, quando regressa a Portugal e "à vida de todos os dias" nota que reformula o seu modo de encarar as ocorrências desse quotidiano.
Aquilo que antes considerava como "problemas", como, por exemplo, a atitude do espertalhão que o ultrapassa numa manobra suicida, ou aquela avaria inesperada do computador, passam a ser meros contratempos sem grande significado.
Porque, acrescenta, problemas autênticos são mesmo aqueles que presenciou directamente: a miséria, a fome,a doença, a guerra.
E têm razão. É claro que cada um de nós tende a dimensionar as vicissitudes com que se depara, de acordo com os contextos particulares e pessoais em que ocorrem. E quem sou eu para dizer que aquilo que o outro está a sentir, não é, verdadeiramente, "um problema"?
No entanto, devo confessar que, depois de ouvir aquela entrevista, também eu acabei por sentir alguma modificação no meu comportamento.
Perante as chamadas "chatices" com que me vou defrontando dou por mim a pensar:
-António, não dramatizes ! Olha que há coisas bem piores!Dá graças por não as estares, neste momento, a viver!