sexta-feira, fevereiro 25, 2005

2º GRANDE DEBATE DO NICKVOTOS


E como isto de eleições, sem debates, não tem piada, aqui está o 2º grande frente-a-frente do NICKVOTOS.
Os candidatos da segunda ronda vão ter a grande oportunidade , se o quiserem fazer, de expressarem as suas convicções e cativarem o eleitorado.
O debate gira sempre em torno de um ponto de partida lançado pelo moderador. Desta vez, mote é :
- Por mais que se estick, o melhor é o meu Nick!
Cada um dos(das) dez, dirá o que entender (ou não dirá nada) tendo em linha de conta a ideia contida no mote.
Como sempre, para além dos candidatos, aceitam-se participações do "Zé Povinho". Quanto mais não seja, para meter ao barulho ou para "picar"os que estão a votos!

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

RENÉ MAGRITTE

René Margritte, Dangerous Liaisons, 1926
Descobri recentemente este artista.
René Magritte, surrealista belga que viveu entre 1889 e 1967.
Integrou-se na corrente do realismo mágico, em que objectos normais são colocados em contextos estranhos.
Paradoxos, ilusões, símbolos obscuros - eis os meandros em que se move a sua obra.
René Magrite, a ilusão da realidade.
Há artistas que ousam percorrer caminhos inovadores, rompendo normas, arriscando-se, por isso, à incompreensão dos outros. Mas o futuro é, quase sempre deles.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

NUNCA VAMOS ATÉ AO FIM!

João Medina,foto de Pública
Não somos extremistas em nada. Somos antes pessoas de águas de bacalhau, de mediania, de nunca ir até ao fim, de nunca acabar. Nunca fomos socialistas, nem monárquicos, nem republicanos, nem salazaristas. Aderimos às formas exteriores, mas nunca fomos convictamente nada até ao fim.


Joâo Medina, historiador, em entrevista à "Pública" de 20-02-2005
Terá razão?

terça-feira, fevereiro 22, 2005

MÁRIO VIEGAS

Conheci o Mário Viegas quando ele passou uns dois anos no Porto, como estudante da Faculdade de Letras (não praticante, pois o seu mundo já era o das artes).
Destacou-se, desde logo, como um extraordinário declamador. Recordo, por exemplo, a sua fabulosa interpretação do "Poema para Galileu" de António Gedeão, uma peça onde o Mário conseguia transmitir, de forma contagiante, toda a ideia da intolerância e do obscurantismo de que os homens ("a quem Deus dispensou de procurar a verdade") podem ser capazes.
Uma vez, durante um período de lutas estudantis contra a ditadura então vigente, a polícia encurralou os estudantes na cantina universitária. Lá dentro, umas centenas de jovens, muito apreensivos, pois temiam que houvesse invasão e espancamento, mesmo no interior daquelas instalações. Foi então que o Mário Viegas subindo a uma mesa. disse, de modo vibrante, a quadra do Manuel Alegre:

Venho dizer-vos que não tenho medo!
A verdade é mais forte que as algemas.
Venho dizer-vos que não há degredo
quando se traz a alma cheia de poemas.

Não disse mais nada, nem foi preciso. Foi uma injecção de coragem!O ânimo voltou e todos permaneceram firmes, sem mais receios.
Perdi-o de vista pois foi para Lisboa (salvo erro era natural de Santarém). Foi singrando na sua carreira artística e fui tendo ecos dessa lenta ascenção (lenta porque a sua coerência não lhe permitia aceitar qualquer papel).
Já actor com algum relevo, fui-o encontrar a cumprir serviço militar numa unidade onde também permaneci cerca de dois meses. Com ar abatido, desabafou:
- É pá, sabes, passo a vida a ser castigado. Não tenho mesmo jeito para isto. Troco as fardas, não sei marchar. Isto está mau!
E disse-me que, para sobreviver, tinha, todos os dias, quando saía do quartel, de representar. Por exemplo, meter-se num taxi e fazer de conta que era um turista alemão...
Acompanhei, de longe a sua carreira e a sua irreverência. Como quando se apresentou como candidato a Presidente da República (afinal, mais uma das suas encenações).
Com posições da sua vida pessoal publicamente assumidas, morreu aos 47 anos, vítima de sida, faz 9 anos no próximo dia 1 de Abril.
Disse um dia:
"Nascemos e durante a vida estamos à espera de uma coisa que nunca chegará, que chega pouco.. A vida sempre foi assim."

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

NÃO MATEM O FUTEBOL !

Gosto de futebol. Confesso que gosto.
Desde os meus 7 anos que assisto a jogos, com uma certa regularidade.
Já vivi, com este espectáculo, algumas emoções que não esquecerei. Isto talvez seja difícil de ser entendido para quem não aprecia o pontapé na bola...
Respeito, é claro, a opinião daqueles que não acham piada nenhuma ao futebol. Estão no seu direito.
Mas eu também tenho direito a querer continuar a ter a possibilidade de ver futebol.
Pelo caminho que as coisas estão a tomar, receio bem que, dentro de alguns anos, o fufebol seja um espectáculo em vias de extinção.
Porque há por aí gente que parece apostada na sua destruição.
Dirigentes incompetentes e corruptos, para quem o futebol é apenas um meio de atingir fins inconfessáveis. Empresários feitos à pressa, que veem aqui uma oportunidade de embolsarem dinheiro fácil e abundante. Políticos que se associam a esta gente toda, por pensarem que, deste modo, vão subir mais depressa. Magnatas que compram clubes, como formas de se auto-promoverem, ou mesmo de branquearem coisas menos limpas.E por aí fora.

Não sou daqueles que pensam que o futebol, por si só, é um demónio social que tenha de ser expurgado. Mas, como cidadão, não pretendo que ele goze de uma impunidade que o distinga de todas as outras actividades.
Os clubes têm de pagar impostos como as outras empresas (já que apostaram em os transformar nisso mesmo, em sociedades anónimas, acumulando, alegremente, prejuízos de enorme dimensão). Os jogadores têm, em casos de prevaricação contra a integridade física de terceiros, de ser punidos criminalmente (se eu agrido o meu vizinho, não apanho dois dias de suspensão no meu emprego...). Nas cercanias dos estádios, em dias de espectáculo, as regras de trânsito terão de ser iguais às de todos os dias (posso, habitualmente, estacionar em cima do passeio sem ser multado, como acontece quando há jogos?). Para só dar alguns exemplos de um tratamento diferenciado para esta área.
Por tudo isto, o chamado "Zé da Bola" tem de se insurgir contra quem, se as coisas não mudarem, está a contribuir para que, mais tarde ou mais cedo, se assista à agonia dos clubes (alguns já lá estão) e, consequentemente, à destruição do futebol.
Daí não viria mal nenhum ao mundo, dirão alguns.
Porque, repito, gosto mesmo de futebol, não concordo!

domingo, fevereiro 20, 2005

AQUI, AS ELEIÇÕES NÃO ACABAM HOJE!

Conforme já deram conta, iniciámos. a segunda ronda do NICKVOTOS.
Também já se disse, que não se trata de escolher os melhores blogs, mas sim, de decidir quais são os nicknames com melhor som, mais originais, enfim ... com mais pinta.
Durante duas semanas os leitores do PECISCAS farão as suas escolhas.
Os dois mais votados, passarão à fase final, a disputar lá mais para o Verão.
Já lá estão o Finúrias e o 123de4.

Eis os nomeados para a segunda ronda


Aqui, não há lugar para indecisos ou brancos...