quinta-feira, setembro 20, 2007

Afinal...

Já depois de ter preparado o post anterior, vim a saber que estas "casas do Padre Américo" estão, actualmente, debaixo da jurisdição da Paróquia de Baguim do Monte.
Ora, precisamente para as casas que se encontram degradadas, havia a intenção, animada por um grupo de cidadãos, de lá instalar equipamentos culturais, designadamente uma biblioteca, para a qual havia mesmo um considerável espólio, obtido, essencialmente, por doações.
Um dos habitantes da terra, entretanto falecido, tinha legado os muitos livros que tinha.
O Pároco de Baguim, em diversos contactos com o referido grupo de cidadãos, foi-se mostrando concordante com a ideia, pelo que se foi avançando com o trabalho.
Havia já um projecto, elaborado gratuitamente por um arquitecto, para o futuro equipamento.
Mas, um destes dias, soube-se que, afinal, o Senhor Padre, acabou por vender aquele espaço a um investidor particular, gorando-se assim as perspectivas do seu aproveitamento para a área da Cultura.
Ou seja, afinal, o vil metal falou mais alto e assim, o pão do espírito foi suplantado pelas fraquezas da carne...
Digo eu.

terça-feira, setembro 18, 2007

Património dos Pobres

O Padre Américo foi uma personagem bastante conhecida e popular, na primeira metade do século passado.
Tendo, inicialmente, uma carreira eclesiástica não muito canónica, acabaria por descobrir, mais tarde, a sua verdadeira vocação: a solidariedade social.
Assim, entre outras realizações, ficam para a história a Casa do Gaiato e o Património dos Pobres.
No contexto desta última, procurava, de algum modo, corresponder às extremas carências habitacionais de que padecia uma larga camada da população.
Deste modo, movendo influências junto dos poderes e dos interesses económicos, conseguiu promover a construção de algumas habitações.
Perto do local onde moro, junto à estrada Porto-Valongo, ainda se pode ver um complexo que se integrava nessa obra.
Algumas casas já estão bastante degradadas mas outras ainda estão habitadas.
Ali estão, como testemunho de uma época.
De uma época que parecendo tão distante, afinal o não é, já que, passadas várias décadas, o problema que originou este "património", está muito longe de ser erradicado de vez.
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas

segunda-feira, setembro 17, 2007

A resposta ao teste

Pelos vistos, o pessoal que por aqui passou e escutou o som do clip que gravei na feira medieval de Mangualde, não identificou a música interpretada pelo agrupamento que por lá andou.
No entanto, se calhar, muitos já ouviram este cântico religioso.
Em igrejas, em procissões, era cantado, muitas vezes, quando eu era miúdo.
Penso que ainda hoje ele é entoado em cerimónias religiosas, designadamente, em Fátima.
Chama-se "Miraculosa Rainha dos Céus" e surge aqui numa versão interpretada pela Isabel Silvestre, como sendo um tema de cariz popular.
Comparem este som com o do post anterior e verificarão que se trata da mesma música.
Fiz algumas buscas para tentar aclarar a origem desta canção, mas não cheguei a conclusões definitivas. Encontrei, por exemplo, uma partitura, que mencionava a autoria de F.Naves, mas com um ponto de interrogação.Por outro lado, aparece integrada em diversas páginas onde se listam cânticos religiosos.
De qualquer modo, tenho grandes dúvidas de que seja uma música medieval, tal como foi apresentada na Feira.
Mas, nestas coisas da história, nunca se sabe...