sexta-feira, janeiro 09, 2009

foto Peciscas
Na casa que aluguei em Timor, com mais dois amigos, para fugir ao ambiente militar, havia animais que se foram juntando "à família".
Cada um deles era designado pelo número de ordem de entrada na casa.
Como os humanos éramos três,o gato, passou a ser o 4.
E, em casa de militares, o bichano também tinha direito a usar bota da tropa.

o 4

O cão foi o seguinte e passou a ter o "nome de 5. Em dialecto tétum (o mais usado em Timor) 5 diz-se "lima". Portanto, também lhe chamávamos Lima.
Eis uma imagem da fase infantil do cachorro.

o 5
A catatua, a mais mimalha e refilona era, obviamente a 6.


a 6
Eis uma foto do grupo, cujos elementos tiveram sortes diferentes. Mas todos eles eram tratados como se fossem mesmo pertença do agregado

4, 5 e 6

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Corrupção, um fenómeno socialmente aceite?

Há tempos, falando com uma amiga que tem um conhecimento directo das realidades que se vivem num país que foi em tempos uma colónia portuguesa, manifestava-lhe alguma estranheza pelo facto de, em recentes eleições, o povo desse país ter renovado, esmagadoramente, o mandato aos dirigentes que ali governam há longos anos.
E a razão da minha perplexidade tinha a ver com o facto de ser voz corrente que tais governantes, "se têm governado", acumulando grandes fortunas, certamente obtidas à custa de recursos públicos.
Pois essa amiga brandiu-me com este argumento:
-Pois é. Mas sabes o que o povo diz? É que estes que lá estão, já roubaram tanto que agora já precisam menos. Por isso, já vão fazendo umas coisas para bem da população. Se viessem para cá outros, teriam que começar a roubar "do zero" e isso iria dar-nos muito mais prejuizo.
Ou seja, como dizia hoje o Manuel António Pina no JN, a corrupção é já um fenómeno socialmente tão aceite, que dificilmente será erradicado.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Histórias da Matemática - 3

Quando ensinava matemática, procurava sempre que os meus alunos se apercebessem do enquadramento histórico de cada conceito que tinham de apreender.
Porque os novos conhecimentos, ao longo dos tempos, surgiram, na maior parte dos casos, por necessidades concretas do Homem.
Por que se inventaram, por exemplo, as fracções?
Porque os números de que se dispunha numa dada altura, os chamados "números inteiros", já não chegavam para exprimir quantidades não inteiras.
Tinha, então, uma cassete gravada, com uma breve história dos números, que os alunos ouviam com interesse.
Recentemente, encontrei no Youtube um vídeo que conta alguns aspectos dessa história.
Vale a pena dar uma vista de olhos.
Porque, quem não teve contacto muito aprofundado com estas coisas, poderá, eventualmente, aqui descobrir dados de que não se tinha apercebido
.


terça-feira, janeiro 06, 2009

Post 1007

A nossa vida está povoada de marcas simbólicas. E mutas delas estão relacionadas com números.

Assim, comemoramos os cem anos do nascimento de um artista.

Ou os mil anos da fundação de uma cidade.

Reparemos que o Homem tem predilecção para os "números redondos". Com zeros. Talvez porque na história da numeração o zero foi o último símbolo a ser criado. É que a ideia de vazio foi sempre algo que a mente sente relutância em aceitar.

E mesmo quando não comemoramos efemérides que tenham a ver com centenas ou milhares, vamos buscar fracções dessas quantidades. Por exemplo, quando comemoramos as bodas de prata ou de ouro usamos a quarta parte ou a metade de cem...

Mas dirão vocês: por que é que este tipo foi buscar hoje estas peciscas? Porque não se esquece que foi professor de matemática?

Nada disso.

O que aconteceu, muito simplesmente é que, há dias, publiquei o post 1000 e não me apeteceu assinalar esse facto condignamente. Porque pensei: será que o 987 não foi mais importante do que o 1000? Ou o 1035 não será mais significativo quando aparecer (se aparecer...)?

Ou o 1007 que é o post de hoje. E por ser o mais actual é aquele que vale.

É , por isso, aquele que aqui destaco.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Afinal, o que é que se anuncia?

As imagens que se seguem poderiam servir para um exercício do tipo "encontre as seis diferenças".
No entanto, trago-as aqui porque me surgiu uma dúvida: o que será que se anuncia nestes painéis?

foto Peciscas
foto Peciscas Ou será que o primeiro outdoor sugere uma inovadora proposta: anunciar a própria publicidade.
Do tipo:
"Hoje, depois do Telejornal, não perca o anúncio dos Supermercados Teixeira".