sexta-feira, julho 24, 2009

A crise passa-me ao lado...

Como a crise não toca a todos e porque achei que era altura de investir numa certa qualidade de vida, eis a minha última aquisição.
Com este barquito vou poder aventurar-me por esses oceanos fora, revivendo as façanhas dos nossos antepassados nevegadores.
foto Peciscas Mas, como uma coisa destas não se traz propriamente debaixo do braço, tive de também de me equipar com o respectivo meio de transporte que me permitirá levar a embarcação para onde quiser.

foto PeciscasNão adianta ficarem por aí a roer-se de inveja.
Isto é só para quem pode...

quarta-feira, julho 22, 2009

Nessa madrugada, fui dormir...

Nos últimos dias muito se tem falado da chegada do Homem à lua. Passaram 40 anos e há que comemorar.
Mas, não adianta pôr-me para aqui a armar-me, dizendo que, então, estive acordado até às tantas, porque não queria perder o acontecimento do século.
Pura e simplesmente, não assisti à transmissão. Fui dormir e não me importei de ignorar um facto que se iria tornar obviamente histórico.
Agora, quando comento esse facto com alguém, designadamente com as gerações mais novas, não falta quem me censure ou, no mínimo, quem ache estranho ter perdido uma tal oportunidade.
Não sei se hoje me alhearia de igual modo de uma tal situação. Até porque, com a evolução impressionante dos meios de comunicação, a transmissão seria certamente muito mais aliciante do que aquela foi.
Mas, naquela altura, não achei demasiado relevante que houvesse um pé humano a pisar a superfício do nosso satélite.
Porque achava, na fogosidade dos meus vinte e poucos anos, que, para lá das conquistas tecnológicas colaterais à façanha, nada de particularmente relevante ganharia a Humanidade. Porque sabia que não seria possível viver-se em permanência na Lua. E que, muito provavelmente, passado o impacto da chegada pioneira, poucas vezes mais de iria até ali.
Ou seja, o acontecimento teria, sobteudo, um significado político.
Terá sido por tudo isso que, nessa madrugada de 20 de Junho de 1969, ao contrario de tanta outra gente,não estive acordado.
E perdi a oportunidade de ter mais uma história para contar aos netos.

terça-feira, julho 21, 2009

Para reflectir

" Os funcionários públicos auferem um salário mensal claramente acima dos seus congéneres do sector privado", diz um estudo do Banco de Portugal.
O estudo, acrescenta, ainda outro dado: a proporção dos funcionários públicos que dizem ter educação universitária ronda os 50% contra os 10% no sector privado.
Entre os factores que terão contribuído para a limitação do crescimento de salários no sector privado, o estudo aponta um recuo acentuado na sindicalização- acima do verificado na administração- e a intensificação da concorrência internacional.

Ora aqui está um estudo sobre o qual vale a pena reflectir.

segunda-feira, julho 20, 2009

O Adriano vai cá fazer falta.

É bem provável que nenhum de vós saiba quem era o Adriano Teixeira de Sousa.
Professor empenhado na sua profissão. Sindicalista combativo e determinado.
Mas, sobretudo, um HOMEM BOM!
É claro que se poderá supor que esta designação é a que habitualmente se aplica a alguém que acaba de falecer.Todos são bons quando partem.
Mas o Adriano era mesmo assim.
Capaz de, no meio das maiores e mais acaloradas discussões, encontrar uma palavra de apaziguamento, de compreensão de tolerância. Sem abdicar, no entanto, das suas convições, quando os argumentos contrários não o convenciam.
Dirigente do Sindicato dos Professores do Norte e da Fenprof, o Adriano nunca abdicou da sua condição de professor "militante". Ou seja, fez sempre questão de leccionar, para nunca perder o contacto com a realidade das escolas. Não queria ser sindicalista a tempo inteiro.
Minado por uma doença implacável, enquanto pôde, marcou presença diária na sede do SPN e não deixou de participar nas manifestações de professores. Mesmo quando a sua capacidade de comunicação com os outros já estava quase totalmente afectada, o Adriano manteve-se na luta, já que continuava mentalmente lúcido e empenhado na defesa da profissão que foi a sua.
É difícil ver partir um ser humano com esta dimensão.
É muito difícil.
O Adriano vai cá fazer muita falta.
Um último abraço, amigo, neste triste dia em que vais a sepultar.