sexta-feira, maio 12, 2006

Se, por acaso,

virem alguma reportagem sobre o estágio da selecção nacional de futebol sub-21, em Melgaço, realizada no estabelecimento hoteleiro onde a comitiva está alojada, talvez reparem em algumas pinturas que aparecem em fundo.
É muito provável que sejam da Fernanda Marinho, de quem já aqui falei.
Uma parte considerável das obras que fazem parte da decoração da estalagem, são da autoria desta pintora do Porto que, em grande medida, devido ao seu quase pudor em expor o que faz, não pertence ainda ao grupo daqueles pintores de que se fala por todo o lado.
Mas tem valor.
E se alguem estiver interessado em ver mais de perto e, quem sabe, adquirir um dos seus trabalhos, que diga que eu transmito o recado.




terça-feira, maio 09, 2006

Trabalhar até sermos velhinhos?

A ideia de, para dar um pouco mais de oxigénio à Segurança Social, colocar a idade da reforma num limite cada vez mais alto, parece ao Governo uma excelente medida.
Mas, será mesmo?
Para além das vozes discordantes dos sindicatos (como seria de esperar) as próprias confederações patronais já vão dizendo que não lhes parece nada bem a obrigatoriedade de manterem a trabalhar pessoas depois dos 65 anos.
A mim, que sou um mero, simples e ignorante cidadão, já me tinha parecido que, uma consequência inevitável do envelhecimento da população activa, seria o abaixamento da produtividade nacional.
Ou será que, paralelamente ao aumento da idade da reforma, o Governo vai distribuir doses industriais de revigorantes, tipo Ginseng?
Aos vinte, trinta, quarenta, trabalhamos, horas a fio, e nem damos conta do cansaço.
Quando comecei a minha carreira, tinha trinta horas lectivas semanais, para além das horas de preparação das aulas, da correcção de testes, de reuniões e das viagens para cá e para lá.Hoje, nem por sombras seria capaz de "ter pedalada" para tais "performances".
Por outro lado, mantendo as pessoas até mais tarde a trabalhar, que podem esperar os mais jovens que estão à procura de entrar no mercado de trabalho?E os que são despedidos ?
Depois, claro, lá aparecem os subsídios, lá aumentam as taxas de criminalidade, ... E isso não tem custos?
E, se em vez dessas medidas "óbvias" ( ainda por cima parece que a situação de pré-falência do sistema não está claramente demonstrada), se procurassem outras, talvez mais eficazes e consensuais?
Como, por exemplo, para os reformados com um nível de rendimentos acima de um determinado patamar, a obrigatoriedade de manter descontos para a dita Segurança Social? A mim, que já estou habituado a esses descontos há longos anos, não me iria causar qualquer oposição. Continuaria a contribuir, como agora, deixavam-me ir fazer outras coisas enquanto ainda as posso fazer e dava o lugar a outro, com mais vitalidade, mais paciência, porventura com mais capacidade para inovar.
Mas não! Apenas se lembram de nos manterem a trabalhar até sermos velhinhos.
Ah! E também de avisarem o pessoal que tem de fazer mais filhos.
Mas essa será matéria para outro texto...

segunda-feira, maio 08, 2006

Coincidências

foto Peciscas
Ontem, foi o Dia da Mãe.
Na corda, roupa a secar.
A camisa às riscas, é a do filho.
A verde, sem riscas, é a da mãe.
O vento, chegou e fez o que se vê.
Foi ele e mais ninguém, quem enlaçou as roupas.
Quereria dizer alguma coisa?
Ou foi apenas uma coincidência?