quinta-feira, maio 06, 2010

Adeus Nucha.

Seria este o pior motivo que me faria regressar, embora fugazmente a este espaço,
Mas tinha mesmo de aqui voltar.
Porque tu, Nucha, foste uma das primeiras vozes a saudar o meu ingresso na blogosfera.
Fomo-nos acompanhando ao longo destes mais de cinco anos que entretanto decorreram.
Depois, foste confrontada com a temível doença. Rara, como rara era a coragem e a determinação com que a enfrentaste.
Íamos falando de onde a onde. Pelo G Talk , de viva voz ou por mensagens escritas. Algumas vezes, através do telemóvel.
Conversas que tinham apenas como limite a hora de jantar.
Dizias sempre que não irias dar hipóteses à doença.E lutaste contra ela,com ganas de vencedora. Suportando com muita esperança e espírito guerreiro os exames e tratamentos,os internamentos, por vezes bem duros.
E o que é certo é que foste capaz de erguer um muro em que a malvada doença teve de embater,Na última vez que falei contigo, fiquei animado, pois as análises diziam que as coisas tinham sido controladas.
Não foi ela, afinal, quem te levou do nosso convívio. Mas outro imprevisto golpe que se abateu sobre ti.
Soube, há poucos minutos,através de um dos teus filhos, que encontrou o meu nome na tua lista de contactos telefónicos, deste triste desfecho.
Ele não me conhece mas sabe que éramos amigos.
Não sabe, se calhar, daquele cozido à portuguesa de que falámos várias vezes e que nos iria reunir, mais o Eduardo, aí perto da tua casa.
Essa  refeição, ficará para sempre, adiada.
Porque, Nucha, tu já não estás aqui.
Já não estás aqui e eu não consigo escrever mais nada.
Até sempre, querida amiga!