quinta-feira, outubro 02, 2008

Uma original forma de protesto

Já há bastante tempo, mostrei-vos aqui imagens de um grande prédio, de construção recente,com a fachada bastante estragada. Grande parte do revestimento caíra ou ameaçava cair.
Os moradores do imóvel, devem, entretanto, ter tentado os posíveis e os impossíveis para que os construtores do prédio reparassem as anomalias.
Mas deve ter acontecido o costume: quando é para vender, tudo são sorrisos. Quando é para assumir responsabilidades por danos, alto lá, já cá não estou.
Até que, se calhar, cansados de utilizarem outras vias, os moradores resolveram recorrer à forma de protesto que estas minhas imagens documentam.
Pelo menos, a empresa construtora (por sinal uma das mais conceituadas do país), no mínimo, ficou com a imagem algo degradada.
Tão degradada como o próprio edifício que levantou.

foto Peciscas
foto Peciscas
foto Peciscas

quarta-feira, outubro 01, 2008

Ainda a procissão vai no adro e já recomeçam os actos de violência...

Mal o ano lectivo está a começar, e as notícias sobre actos de violência em escolas já aparecerem em jornais.
Há dias, numa escola EB2.3 do concelho de Lousada, um grupo de cinco "estudantes" com idades entre os 15 e os 17 anos, agrediu um outro aluno, mais jovem, sobre o qual exerciam o denominado bullying.
O aluno agredido queixou-se em casa. Resultado: no dia seguinte, um grupo de familiares e amigos, esperou o tal grupo e "deu-lhes forte e feio". De tal modo que todos os 5 tiveram de passar pelo hospital.
Deve referir-se que estes alunos dos CEF (cursos de Educação e Formação) estão incluidos nos tais 500 mil cidadãos que o Primeiro Ministro tanto refere terem voltado à escola, que tinham abandonado precocemente, para obterem qualificações escolares que os tornarão mais felizes e socialmente melhor sucedidos .
Como princípio, não há dúvidas de que tudo o que se fizer para melhorar a educação e formação dos portugueses, é de aplaudir.
Mas no que se refere à qualidade destas formações é que temos de conversar.
Com efeito, no caso destes CEF ( e já não falando, p. ex. nos célebres cursos de jogador de futebol), na maioria dos casos, eles estão integrados em escolas habitadas fundamentalmente por alunos de níveis etários muito mais baixos. Assim, alunos com 17 anos podem conviver com alunos de 10.
Em vários casos de que tenho conhecimento, estes "estudantes" passeiam-se pelas escolas, causam distúrbios, vandalizam materiais, incomodam professores e funcionários. Não respeitam os direitos dos mais novos, passam-lhes à frente nas filas, humilham-nos...
Por exemplo, esta colega professora tem muito para contar sobre os CEF´s a que leccionou no ano passado. E este ano vai ter uma experiência com os cursos profissionais das escolas secundárias.
Mas, no fim, estes "repescados" para a escola, saem com um diploma.
Terão adquirido novas competências ou o que apenas vais contar é que vão contar simplesmente para a melhoria das estatísticas do abandono escolar?

terça-feira, setembro 30, 2008

Bagunças?



Um dos estereótipos mais ou menos preconceituosos que se enunciam a propósito das mulheres tem a ver com aquilo que se convencionou designar pela "bagunça-que-é-o-interior-de-uma-carteira-feminina".
Não sei (ora aí está mais um estudo que deveria ser feito; se calhar até já o fizeram...) qual será a percentagem de mulheres que têm a sua carteira assim tão desorganizada. Mas o que sei é que essa não será, de todo, uma característica exclusivamente feminina. Quando muito, dado o maior espaço interior que estas bolsas têm, aumenta a hipótese de lá se acumularem tralhas a monte. Mas isso é só uma questão de probabilidade.
Pela parte que me toca, confesso que, de vez em quando, tenho que fazer uma limpeza radical à minha carteira, onde vou acumulando papelada inútil (para lá das parcas notas e moedas que normalmente alberga) que, às tantas, torna aquele utensílio num obeso trambolho que me preenche os bolsos.
E, se olhar para a mala do meu carro???...
Perante tode aquele amontoado (que a imagem tão bem ilustra), nunca me restará moral para brincar com a tal eventual bagunça das carteiras das minhas amigas...

segunda-feira, setembro 29, 2008

Não tenho bem presente...

Um destes dias, a Ministra da Educação, em entrevista à Antena 3 e confrontada com a percentagem de reforço do orçamento para o seu ministério no próximo ano, respondeu, visivelmente embaraçada:

-Não tenho presente... Mas sei que vai ser o necessário e suficiente...

Quer dizer, que ter mais ou menos dinheiro, não a preocupa. Tanto que nem sabe quanto vai ter. Outros saberão. E ela aceitará, obedientemente, o que a "His master´s voice" lhe determinar.
Mas, a partir de agora, se seguirem o exemplo da Ministra, os nossos alunos já poderão responder às perguntas que lhe fizerem, com outro à-vontade.

Por exemplo:

-Quem foi o primeiro rei de Portugal?
-Não tenho presente... Mas sei que já morreu...
- O que escreveu, de mais importante, Luiz de Camões?
-Não tenho presente...Mas sei que foi um livro...
-E quanto é 8X7 ?
-Não tenho presente...Mas sei que é um número...