sexta-feira, junho 08, 2007

Post sonoro 5

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quinta-feira, junho 07, 2007

quarta-feira, junho 06, 2007

Insignificantes e insignificantes

Há por aí personagens que, de um momento para o outro ficam na moda e, quase diariamente, nos entram pela casa dentro como se fossem gurus detentores da verdade.
O psicólogo Eduardo Sá é uma dessas personagens.
Pessoalmente, não vou muito à bola com este opinion maker. É demasiado delicodoce para o meu gosto, e, na sua aparente afabilidade esconde uma boa dose de autosuficiência. Por vezes é mesmo algo arrogante, quando passa atestados de menoridade a outras pessoas. E, com alguma frequência, fala sobre questões de que não dispõe de todos os dados.
Não discuto, porque me falta preparação para tal, a sua competência técnica e científica.E respeito quem o coloca num patamar elevado.
O que me incomoda um tanto é mais a sua postura.
Ontem, ouvi um pouco do programa que mantém com Isabel Stilwell, na Antena 1 (um espaço onde diariamente se ouvem comentários sobre assuntos diversos, coalhados por risadas constantes de ambos o intervenientes, um pouco ao estilo dos shows americanos, em que tem de haver uma gargalhada de dez em dez segundos).
Nesta rubrica, falava-se do caso do ex-militar da GNR que está a ser julgado por suspeitas de assassínio de três jovens.
Eduardo Sá, tentando explicar por que razão o indivíduo inicialmente terá confessado os crimes para agora se desdizer, afirmou algo como: "um insignificante cabo da GNR, vê-se, de um momento para o outro projectado mediaticamente, e por isso, ...".
Ou seja, já não bastavam aqueles mirabolantes anúncios da Campanha "Novas oportunidades" a denegrir determinadas profissões, tais como a de empregada de um quiosque de jornais, em detrimento de uma jornalista licenciada, e aparece um senhor importante a referir-se, depreciativamente, a um ramo profissional, que considera como menor.E, é claro que, não está aqui em causa o facto de podermos estar perante o caso de um impiedoso delinquente.
O que aqui ressalta, é que, para este eminente psicólogo (como para muitas outras excelsas personalidades), há profissões insignificantes e profissões significantes.
É claro que ele se considera significante. Por isso, tem direito a ser ouvido com alguma reverência.
No meu caso, não o escuto com reverência .
E muitas vezes, nem sequer com paciência.

terça-feira, junho 05, 2007

Como as coisas mudam...



Um destes dias, um relatório da CCDR-N, mostrava que a Galiza suplantava, claramente, a região Norte de Portugal. Assim, o salário médio naquela região de Espanha é de 1240 euros enquanto na sua vizinha lusitana, é de 636 euros. O desemprego para os galegos, atingiu, no ano transacto, a sua menor expressão dos últimos vinte e cinco anos. Por cá, é o que se sabe...
Como as coisas podem mudar...
Outrora, a Galiza era uma terra de emigrantes. Como cantava a poetisa galega Rosalia de Castro:

"Estes partem
aqueles partem
e todos todos se vão
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão".
Muitos desses emigrantes, vinham para Portugal. Em geral, para ofícios duros e mal remunerados (comércio, restauração, por exemplo). Mas trabalhavam..."como galegos" (a expressão ficou).
O meu avô materno, foi um desses emigrantes.
Natural de Ourense,veio para cá novo e começou, com um pequeno tabuleiro pendurado ao pescoço, por vender pequenas bugigangas aos veraneantes que, então, demandavam a minha aldeia natal, que era afamada pelas suas termas.
Passando fome, poupando o mais que podia, conseguiu, a breve trecho, comprar uma pequena carroça e uma mula.
Começou, então, a vender fazendas, pelas feiras do norte.
Comeu o pão que o diabo amassou.
Andava pelos caminhos perdidos, por serranias íngremes. Ao sol, à chuva, à neve.Por vezes, dormia em estrebarias, ao lado da mula, sua fiel companheira de anos (quando o animal morreu,de velhice, o meu avô teve um desgosto enorme). Foi assaltado uma ou outra vez.
Mas lá foi singrando, de modo que conseguiu, pouco a pouco, comprar alguns terrenos e casas, chegando a uma situação confortável.Costituiu família e por cá ficou.
No entanto, sem nunca assumir uma postura arrogante, de proprietário autoritário e insensível.
Na casa dele, todos os trabalhadores sentavam-se à sua mesa, pois ele dizia:
"Aqui, somos todos trabalhadores".
Por circunstâncias diversas, para o fim da sua vida, as coisas foram correndo menos bem e acabou por perder alguns ds seus haveres.
No entanto, foi sempre um homem norteado pelo dever de trabalhar e de não esbanjar.
Embora ele tivesse morrido tinha eu sete anos, recordo-o com uma enorme admiração.
Tendo em conta a actual realidade, bem poderemos dizer: como as coisas mudam...
Os emigrantes galegos de outros tempos são, agora, os que estão na crista da onda...

segunda-feira, junho 04, 2007

É mesmo azar...



Agora que ia poder ter um computador portátil por 150 € e um desconto na net é que me dou conta que sou professor sim, mas aposentado.
Ou seja, continuo a chegar tarde de mais às coisas...
Colegagem no activo, antes que eles se arrependam:

-é aproveitar!
-é aproveitar!