sexta-feira, janeiro 25, 2008

Vertigens...

Detesto as alturas...
Tenho vertigens!
Por isso, há profissões que nunca poderia ter e locais que nunca poderia visitar...





quarta-feira, janeiro 23, 2008

Condições degradantes

Ainda existem 656 celas nas prisões portuguesas onde os reclusos têm de depositar os seus dejectos em baldes, sem qualquer sistema sanitário.
O Ministro da Justiça, que "herdou" uma situação ainda pior (havia, quando chegou ao cargo, 1413 celas nestas condições, que deputados consideraram "prática medieval" e "vergonha nacional"), tinha prometido acabar com isto em Dezembro de 2007.
Pelos vistos, ainda não conseguiu.
Mas, para alguns dos nossos concidadãos, aquilo que se passa nas prisões, "passa-lhes ao lado".
Muitas vezes por considerarem que todos os reclusos devem suportar as piores condições, para assim serem punidos pelos crimes que praticaram. Tratar-se-ia, de uma espécie de "ajuste de contas" social.
No entanto, há que pensar um pouco e não cair em radicalismos cegos.
De facto, se existem nas prisões, pessoas que dificilmente se conseguem integrar na sociedade, outros há que, tendo, numa dada fase da sua vida, cometido um deslize, mais ou menos grave, podem e devem ser recuperados para um retorno a essa mesma sociedade.
Quem conhece, por exemplo este espaço, sabe que há, dentro das celas, homens e mulheres que têm a cabeça "arrumada", sabem pensar, são sensíveis, lúcidos.
O Zé Amaral, que há cerca de um mês foi libertado e o Bruno, que agora prossegue com o blog, confirmam essa mesma ideia.
Quem lê os desabafos destes amigos, sente, por vezes, revolta, preocupação, desânimo.
Mas, penso que merecem, incentivo, apoio, para que, mais tarde ou mais cedo, se redimam e reencaminhem a sua vida.
É que, perante as condições degradantes em que vive nestas instituições prisionais, quantas vezes, há gente que sai de uma cadeia, muito pior do que entrou.
E, ainda por cima, com um "carimbo" que lhe vai tornar a reabilitação muito mais penosa.
E, daí à recaída, vai um passo.
Um passo que, por todos os meios, se deveria tentar evitar.

terça-feira, janeiro 22, 2008

Uma questão de limpeza

Será que esta D. Esmeralda consegue limpar as "nódoas" mais difíceis?
Por exemplo...
Sim, sim, esses mesmos...
Essas mesmas...

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Quem ouve, o quê?

O público adulto tem um tempo limite de atençãode 45 minutos. Nesse espaço, só absorve cerca de um terço do que é dito e um máximo de sete conceitos.
(in "Como fazer comunicações" de Tim Hindle, colecção " Os manuais práticos do gestor", ed.Civilização).
Aqui está uma constatação que qualquer professor minimamente atento ao que se passa à sua volta, tem como dado adquirido.
Com efeito, durante a minha vida profissional, fui aprendendo que grande parte daquilo que dizia aos alunos ( que, não sendo adultos, têm uma capacidade de atenção ainda menor), se perdia no tecto ou nas paredes. E que, se tinha algo de mais importante a comunicar, o melhor era despachá-lo nos primeiros dez minutos.
Enquanto não me fui apercebendo de tais factos, dava por mim, em certas alturas, a duvidar de mim próprio, quando, estando convicto de que tinha proferido uma dada afirmação, nenhum aluno reconhecia tê-la ouvido.
Ora, se a maioria dos professores já sabe destas coisas (embora, por vezes haja colegas que não as tenham em devida conta) , encontramos, por aí, a cada passo, gente que parece ignorar estas "leis".
E, assim, prega-nos com doses intragáveis de discursos e arengas, de que apenas fica na memória (quando fica), uma ínfima parte.
Os políticos são, em muitos casos, um exemplo deste desperdício de tempo, saliva e paciência.
A História regista muitos exemplos daquelas personagens que eram (são) capazes de discursar durante horas.
Para quê?Quem, verdadeiramente, os ouve?