sexta-feira, outubro 27, 2006

O Asnar e a esferográfica

Não sei se já viram esta saída do Jose Maria Asnar, quando, após ter sido interrogado por uma jornalista do canal 4 da televisão espanhola, lhe respondeu com um sorriso trocista, enfiando a esferográfica pelo decote da mulher.
Houve reacções fortes a esta atitude do político.
No entanto, na Antena 1, Carlos Amaral Dias e Carlos Magno, divertiram-se com a situação, dizendo, nomeadamente, que o homem demonstrou uma frontalidade que os nossos políticos nunca seriam capazes de usar...
Pois é, a estes senhores tudo se perdoa.
Se, por exemplo, fosse eu a fazer uma coisa destas, o mínimo que me poderia acontecer era levar um par de estalos...


quarta-feira, outubro 25, 2006

Aproveita a oportunidade

Tenho um colega dotado de um inegável e, por vezes subtil, espírito de humor.
Pois ontem, na sala dos professores, aguardando, ao fim do dia, mais uma reunião de Conselho de Turma, tentava resolver o sudoku do Público.
Chega, entretanto um outro amigo que, vendo-o às voltas com o problema, lhe começou a mandar uns palpites.
Então, voltando-se para o recém-chegado, diz-lhe esse meu colega:
-Ouve lá: quando tiveres uma oportunidade para não chateares alguém, aproveita-a bem, pois pode ser única!

terça-feira, outubro 24, 2006

Bairro Vermelho

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Em Agosto estive em Amesterdão e, como é norma nos roteiros turísticos que incluem a bela cidade do país das túlipas, passei pelo célebre "Bairro Vermelho".
Já tinha ouvido falar daquele quarteirão onde as "trabalhadoras do sexo" expõem o "produto", mas o facto é que aquilo que tinha imaginado, foi largamente ultrapassado pela realidade.
Tive a sensação de que ali se está perante um grande supermercado. Iluminações brilhantes,com as portas das casas transformadas em montras, no interior das quais, mulheres (alguns travestis) de todas as cores e de todas as dimensões, se exibem, por vezes fazendo poses lúbricas, mas sempre com ar indiferente, ausente, mecânico.A luz negra que se encontra dentro do "estabelecimento" acentua o ar mercantil que se vive no bairro.
Ouve-se, aqui e ali:
-Fifteen minutes, fifty euros !
As autoridades holandesas, como se sabe, fazem um pouco gala do seu liberalismo nestas questões. Concedo que, se calhar, mais vale ter aquelas "lojas" abertas aos olhos de toda a gente, assegurando que tudo está legal e controlado, do que conviver com uma prostituição mais ou menos escondida, que traz consigo um mundo de podridão, desde o proxenetismo, ao tráfico, passando mesmo pela escravidão, até à doença física e mental.
Segundo nos disseram, tinha sido feita recentemente ums inspecção às cerca de 250 prostitutas que trabalham no bairro e, de acordo com as autoridades responsáveis, todas elas estavam devidamente documentadas, eram maiores de 18 anos, eram eleitoras, pagavam os seus impostos, e nenhuma estava infectada com qualquer tipo de doença.
Mas, apesar de tudo isto, ao passar-se por ali, sente-se que estamos perante uma actividade comercial, apoiada em técnicas de marketing, sem qualquer disfarce que se assemelhe a emoção ou sentimento.Tudo aquilo é muito brilhante, muito limpo, mas muito frio.
A guia turística tinha avisado várias vezes o pessoal, de que era impensável fotografar dentro do bairro e que, havia, no meio da multidão que por ali circula, muitos polícias à paisana, a controlar tudo o que lá se passa. E verifiquei que tal era verdade.
Por isso, a imagem que acompanha este texto, foi obtida algures na internet.
Porque, como dizia a referida guia, "não se deve importunar quem está a trabalhar".

segunda-feira, outubro 23, 2006

A mim, às vezes,até nem me apetece!


Um destes dias, vi, num canal francês de televisão, uma reportagem, feita numa escola, mostrando a respectiva directora, altamente preocupada com a indumentária das alunas, chegando ao ponto de impedir a sua entrada, quando considerava que a jovem usava roupas "não convenientes".
Esta é, certamente, uma questão que não é fácil de analisar, porque nunca se sabe bem ao certo, quais os limites a observar. Se é que há ( eu considero que há) , nesta matéria, limites a ter em conta.
Sabemos como os jovens são influenciados pelos media, no que respeita a modas. Se vêem os seus ídolos vestidos de uma certa forma, tentarão imitá-los.
No entanto, muitas das adolescentes, não se dão conta de que, para lá de os contextos em que as referidas vedetas aparecem com roupas mais ousadas serem completamente diversos do chamado "dia-a-dia", há indumentárias que poderão estimular comportamentos menos adequados, por parte dos seus colegas, eles próprios também, de modo geral, ainda não preparados para lidar natural e informadamente, com as questões da sexualidade.
A propósito, ocorre-me uma história verídica ocorrida com um aluno que foi acusado, pelas colegas da turma, de passar a vida a "apalpá-las".
Chamado ao Conselho Executivo, o moço defendeu-se:
-Ó "setor" não é verdade o que elas disseram, As meninas, na maior parte das vezes, é que se encostam a mim, de propósito, para me provocarem!
E, acrescentou com um suspiro:
-A mim. às vezes, até nem me apetece!