quinta-feira, julho 03, 2008

Para pensar a fundo!

Existe a possibilidade de o nosso futuro neste planeta estar a prazo.
Vivemos sobretudo um processo de competição entre a geração presente e a futura.
Neste momento estamos a esgotar os recursos e a sustentabilidade do planeta e a privar gerações futuras. Isto é estamos em competição com os nossos filhos e os nossos netos.
Ou compreendemos esta gigantesca burrice colectiva ou não vale a pena continuar a trabalhar em Ciências Sociais.

Manuel João Ramos ( professor no ISCTE) , em entrevista à Sábado Notícias de 28 de Junho.

terça-feira, julho 01, 2008

Debate em torno da FELICIDADE..

Há tempos lancei aqui um debate sobre "amizades virtuais/reais" em que tive, com muito agrado, a participação de muitos amigos e amigas.
E tive sugestões para voltar a este tipo de desafios.
Então, decidi reincidir...
E , desta vez, vamos conversar sobre FELICIDADE.
O que vos proponho é confrontarmos conceitos de felicidade.
Sugiro alguns tópicos:
1- A felicidade existe?
2- Haverá diferentes tipos de felicidade ?
3 - O que é para ti "ser feliz"?
4- É possível ser-se permanentemente feliz ou apenas existem "episódios de felicidade" ?
5 - Poderá alguém ter uma vida inteira sem qualquer momento de felicidade?
É claro que isto são apenas tópicos que poderão ou não ser seguidos por quem quiser participar no debate. Poderão ser acrescentados outros.
A intervenção é totalmente livre.
Conforme aconteceu no anterior debate, as contribuições dos meus amigos e amigas deverão ser remetidas para o meu e-mail
Neste caso, sugeria, que, se possível, para além do texto, me fizessem chegar uma imagem que, de algum modo se pudesse ligar ao tema.
No entanto, se for mais cómodo o uso da caixa de comentários, também pode ser.
Este post ficará por dois ou três dias, para que mais gente possa dar tomar conhecimento da presente iniciativa.
Desde já agradeço a vossa amizade e
FICO À ESPERA!

segunda-feira, junho 30, 2008

Já estou a preparar-me

Não há dúvida de que os anos e anos a fio de poupanças saloias em áreas fundamentais, haveriam de dar maus resultados.
Por exemplo, agora começa a perceber-se que há por aí muitos tribunais a funcionar em condições deploráveis.
Por exemplo em salões de bombeiros, em apartamentos construídos com fins residenciais e outros locais mais insólitos.
E não se vê como, nos tempos mais próximos, se irá resolver o problema. É que, o sacrossanto combate ao défice, vai sempre justificar o adiamento das soluções de fundo.
Bom, mas o tal TGV, não se adia, porque é uma obra primordial e insubstituível...
Então, qualquer dia, vai ter de se pedir a colaboração dos cidadãos para que os julgamentos possam ocorrer.
Assim como:
-Não tem aí uma salinha disponível para uma audienciazita?
Cá por mim até já estou a desfazer-me de uns tarecos, para criar mais espaço na minha sala. Talvez venha a ser necessária.
A bem da nação!

quinta-feira, junho 26, 2008

Isso é... fazer de nós parvos...



Como já sabem, gosto de futebol. Mas confesso que já me falta a pachorra para ouvir as declarações das gentes ligadas a esta ramo, sobretudo no final doos jogos.
Porque, invariavelmente, usam sempre os mesmos chavões que nada dizem.
Quando ganham:

- Estamos de parabéns!
O mais importante foi o clube ter vencido!
Blá Blá Blá!
E quando perdem? Quando não fazem o seu trabalho bem feito? Quando falham o golo certo ou dão um "frango"? Quase sempre sai uma expressão que é um espanto:
- Isso é futebol!
Bom, se a moda se propagar a outras profissões, passaremos a ter situações bem curiosas.
Na oficina, o automóvel sai ainda pior do que entrou. Rsposta do responsável:
- Isso é mecânica...
Se o professor ensinou mal:
- Isso é ensino...
Se o médico faz um mau diagnóstico:
- Isso é medicina...
Se o computador vem da "clínica"cheio de virus e não arranca:
-Isso é informática...
Quem pode, ensine lá a essa gente a mudar de discurso.
Que tal, por exemplo:
-Falhei. Peço desculpa. Vou procurar fazer melhor o meu trabalho!

quarta-feira, junho 25, 2008

Acertei na previsão !

Há não muito tempo, falava aqui sobre as provas de aferição de Matemática realizadas aos alunos dos 4º e 6º anos.
E, lá para o fim do post fazia uma previsão:

Com um teste deste grau de dificuldade, não será arriscado prever que, lá mais para diante, se vão apregoar loas à acção do ministério.

Não era muito difícil acertar.
Os resultados agora anunciados, com toda a pompa e circunstância pela Ministra, aí estão:

"Apenas" 18,3% dos alunos tiveram negativa no teste (contra 0s 41% do ano passado).

Ou seja, de um ano para o outro, os resultados negativos desceram para menos de metade...O que significa que o sucesso... mais que duplicou!
E não era de esperar outra coisa, dada a facilidade da quase da totalidade das questões apresentadas aos alunos.
A título de exemplo, deixo aqui alguns fac-simile (se necessário clicar na imagem para aumentar):



Na questão que se segue, o aluno teria de efectuar o complicadissimo cálculo de 100X100 (e poderia usar calculadora...)

Mesmo as pessoas para quem a Matemática não será a ciência preferida, não deixarão de concordar que se trata de qustões simples, para alunos que já têm 6 anos de aprendizagem da disciplina.
É claro que a Ministra tentou rebater as críticas que desde logo se ouviram, e que referiam a extrema facilidade da globalidade do teste, como razão essencial que justificava tão radical melhoria de resultados. E disse esta coisa espantosa: "Só 5% dos alunos consegue resolver a totalidade do teste".
Quem sabe, minimamente, construir um teste, consegue dissimular a facilidade, colocando uma ou outra pergunta menos acessível no meio de uma floresta de elementaridades.
No caso desta prova, para a mim (e para muitos outros colegas) seria esta a questão que obrigaria a um pouco mais de raciocínio (mas com cálculos ridiculamente elementares, ou seja 20X5, desde que se descobrissem as dimensões desejadas):


Quem trabalha em Educação, sabe bem que não se conseguem melhorias deste tipo de um ano para o outro. Aliás, no ano passado, a maioria dos alunos submetidos a estas provas estava a concluir o 5º ano, já com um ano de aprendizagem deste programa.
E arrisco-me a fazer outra previsão: do que já veio a lume sobre os exames de Português do 9º ano, se calhar também vamos ter melhorias significativas nesta área.
É por essas e por outras que eu digo que até um mero exame escolar pode ser uma arma política.



PS - Já depois de ter escrito este post , tive conhecimento da prova do exame de Matemática do 9º ano. O cenário de incrível facilitismo, repete-se. Há, designadamente questões que se resolveriam com toda a facilidade, com uma simples contagem pelos dedos.Quem quiser confirmar vá aqui
Assim sendo, esperem-se espectaculares "melhorias" nestes alunos(14/15 anos) que concluirão a escolaridade obrigatória. Eles aí estarão nas páginas dos jornais dentro de dias.
E, pelo que li, algo de semelhante se passará com os exames de Matemática do 12º ano.