Durante uma fase do meu percurso militar estive colocado nos Açores, mais precisamente em Ponta Delgada.
Inicialmente, tive algumas dificuldades de adaptação, designadamente no que se refere à compreensão da linguagem particular daqueles compatriotas.
Ora, na primeira vez em que estive de oficial de dia ao Quartel-General, fui solicitado por dois soldados, que pertenciam à banda militar e que se pegaram à pancada na respectiva caserna.
Inicialmente, tive algumas dificuldades de adaptação, designadamente no que se refere à compreensão da linguagem particular daqueles compatriotas.
Ora, na primeira vez em que estive de oficial de dia ao Quartel-General, fui solicitado por dois soldados, que pertenciam à banda militar e que se pegaram à pancada na respectiva caserna.
Cada um vinha acusar o outro da responsabilidade da refrega.
Falavam os dois ao mesmo tempo e eu não entendia nada.
Ordenei que falasse um de cada vez.
Já de si, aquele modo de falar era de todo difícil para mim, mas, com o nervosismo próprio da situação, expressavam-se tão depressa, que eu entendia ainda menos.
Assim, ao fim de duas tentativas para decifrar o discurso, achei por bem, mandá-los. com ar severo regressar à caserna, vociferando que se me voltassem a aparecer, iria participar de ambos.
O que é certo é que, com o decorrer dos dias fui-me habituando à fala dos açorianos e, de hoje em dia, até sou capaz de arremedar o sotaque micaelense.
A propósito, aqui vos deixo um exito musical oriundo daquela bela ilha de S. Miguel, para ver se conseguem entender a mensagem do artista.
Aqui, talvez seja preciosa a ajuda do António José Faria, amigo de Ponta Delgada, que é capaz de contribuir para a descodificação da letra da cantiga.
ExitoMusical_Acore... |
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