Nos anos sessenta, a juventude do meu tempo, onde me incluía, começou a ter que despertar para a crua realidade da guerra.
Qualquer um de nós estava sempre na iminência de ter que ir, algures, pegar numa arma e matar ou morrer. Por razões que não eram as nossas.
Por isso, este Le Déserteur do Serge Reggiani sobre um poema de Boris Vian (e que aqui surge numa versão ilustrada por obras de Gauguin) , para muitos de nós, era, essencialmente, uma forma de contestação à guerra em geral (e à colonial, em particular). Era escutada e entoada em grupo, sempre de modo clandestino, pois era obviamente incómoda para o regime e, por isso, censurada,No texto, da canção, fala-se no contrasenso que consiste em um qualquer político decidir sobre a vida e o futuro de jovens a quem impõe o sacrifício decisivo das suas próprias vidas.
Sem comentários:
Enviar um comentário