Há personalidades que ficam na História porque marcam viragens decisivas no pensamento colectivo da Humanidade. Porque, para além da inteligência, tiveram a coragem de afrontar o que era impensável pôr em dúvida. Por vezes, com inegáveis riscos pessoais.
Aristóteles, Galileu, Einsten, Jesus Cristo, por exemplo.
E Darwin, de que se comemoraram recentemente os duzentos anos de nascimento.
Este cientista, ao criar a teoria da "Evolução das Espécies", veio mostrar que, afinal, o homem não era o centro das coisas, mas sim mais um elo de uma longa cadeia de transformações vitais, num mundo em permanente mudança.
Ora, essa teoria, foi, na altura, considerada como subversiva e, mesmo o próprio Darwin, conciente de que estava a colidir com valores bem poderosos,designadamente religiosos, reservou a divulgação das suas teses apenas a amigos mais próximos.
Com o decorrer dos tempos, sucessivas contribuições da ciência, haveriam de, por um lado, confirmar a justeza da teoria e, por outro, corrigi-la em alguns aspectos.
Ainda hoje, a teoria do Criacionismo, que se opõe ao Evolucionismo, não se dá por vencida e contrataca com argumentos a seu favor.
E, afinal, a história do pensamento, tem sido sempre um pouco assim. Feita de génios visionários que, de onde a onde surgem a rasgar clarões, mas que têm que lutar contra os dogmas e poderes estabelecidos. Que bem melhor fariam se fossem capazes de ouvir, reflectir, avaliar das razões dos outros, em vez de tentar sufocá-los com a imposição do silêncio e do obscurantismo.
1 comentário:
Se formos a ver, todos os génios foram de uma maneira ou de outra tratados como se fossem malucos...
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