quinta-feira, maio 08, 2008

Debate "Amizades reais/amizades virtuais"- 5

Hoje publico mais dois textos no debate que, por ora se interrompe, para concluir na próxima semana.
E reuni, neste mesmo post, dois amigos, com quem tenho o prazer de contactar, de vez em quando e que são , também, amigos entre si ("manos" como carinhosamente se apelidam).
A Helena ( a nossa Nucha), terá sido a primeira pessoa que saudou a minha entrada na blogosfera. O Eduardo, agora um pouco menos presente, por razões muito íntimas que ele deu a conhecer no seu Bloguices, além do mais, foi o meu conselheiro técnico quando debutei nestas coisas.

Curiosamente, comecei nestas andanças da internet e da blogosfera por uma questão de economia...Nessa altura, a minha filha estava a viver nos Estados Unidos, e como telefonar se tornava dispendioso, optámos por nos falarmos via Eurochat.
Vai daí, iam aparecendo outras pessoas que metiam conversa. Umas bem intencionadas, outras, nem tanto.
Mas na vida real não acontece o mesmo?
Posso dizer que sou uma mulher de sorte. Que encontrei aqui bons amigos, bem reais.
Mesmo não conhecendo, pessoalmente, alguns, sinto que quando teclamos ou falamos (como as novas tecnologias permitem) eles estão ao meu lado e assim se tornam reais.
Quando leio ou ouço dizer carinhosamente "a nossa Nucha", quando me abrem o seu coração, quando me abrem as portas das suas casas, quando me preocupo com eles e eles se preocupam comigo, não posso dizer que se trata de algo virtual
Perigos na Internet? Só se não tivermos maturidade e perspicácia para separar "o trigo do joio". É tão fácil descobrir a verdadeira intenção das pessoas, se estivermos atentos. Ninguém engana ninguém o tempo todo.
As motivações para este tipo de interactividade são várias. Podem passar pela solidão (nalguns casos) ,mas não necessariamente.

Nucha


Amizades reais/Amizades virtuais

Tudo depende da variante em que estamos, amigo António.
A Internet é uma coisa, a realidade pode ser outra. Há aqui várias situações que podemos esclarecer; quem tecla, transmite o que quer. Quem escreve apenas, simbolicamente, testemunhamos o seu estado de alma, e acompanhamos o seu desenrolar do dia-a-dia como quem bebe um café matinal à mesma hora e nos encontramos por acaso.
Por outro lado, existem laços que se vão criando pela forma como que nos interligamos e nos vamos “conhecendo”.
Há um factor importante a ter em conta: a necessidade de diálogo, de ouvir do outro lado uma palavra de apoio, um carinho ou uma atenção que nos faça sentir que estamos cá. No meu pensamento, alastra a ideia de que a maior parte das pessoas precisa (necessita) de extravasar, dialogar, estar na frente.
Num outro dia, o Pedro Lomba (com quem me cruzo esporadicamente) chamou-me “veterano” nesta brincadeira dos blogs. Talvez com a razão dele. O certo é que quem anda aqui vai fazer seis anos, é “obrigado” a estar atento ao que tu chamas de amizades virtuais. No meu caso, não me posso queixar. Sempre tive o claro “encosta-te a mim” cantado por quem conheces, e que por vezes não sou capaz de lhe dar seguimento pelas razões que são conhecidas dos mais próximos. Mas, inclusive, como também sabes, nunca me neguei a qualquer diálogo, ou ajuda, de quem precisasse.
Por isso, e tudo o mais que a gente vai aprendendo, posso afirmar que fiz AMIGOS que nem sequer conheço, e tenho plena confiança de que não me engano quando os refiro como tal.
Daí, não concordar em absoluto com a Paula Raposo, que continuarei a estimar, quando afirma que um dos problemas dela é não acreditar nas pessoas. Terá as suas razões. De qualquer forma, de todos quantos me possa livrar (os problemas), esse nunca será um deles. Até prova em contrário, acredito na rapaziada dos blogs que fazem questão de serem meus amigos. Sejam eles reais ou virtuais.
Um abraço.
A gente vê-se por aí.
Eduardo

3 comentários:

Andreia disse...

Também acho que com o passar dos tempos se vê as intenções das pessoas!;)

SILÊNCIO CULPADO disse...

Peciscas
As pessoas que fazem parte do mundo virtual são as mesmas que fazem parte do mundo real. E as amizades acontecem em ambos os mundos. Porém, em meu entender, o mundo virtual até poderá ser mais autêntico se se criar uma empatia que leve as pessoas a abrirem-se com um à vontade que não aconteceria se fizessem parte do mesmo espaço de interesses.
Nesta situação o conhecimento até será mais profundo e a amizade mais autêntica.
abraço

Mikasmi disse...

Vim aqui parar por acaso e concordo um pouco com o que diz mas não totalmente. Nada substitui uma amizade real. É bem diferente quando algo nos angustia encontrarmo-nos com um amigo, partilharmos as nossas preocupações, nada subsitui um abraço, uma mão no ombro, um silêncio que por vezes diz muito.
As amizades virtuais fazem companhia, mas não são o companheiro com quem partilhamos um cinema, nem o grupo com quem vamos jantar. Por vezes as amizades vituais desaparecem sem deixar rasto...
Também conheci por aqui gente fantástica que de amizade virtual passou a real, mas também fiz muitas amizades fugazes.

Abraços