quarta-feira, março 05, 2008

As 5 maiores emoções...

Um destes dias, a propósito da onda de desafios que andam pela blogosfera, dei por mim a pensar no que escolheria, se tivesse de listar as 5 maiores emoções da minha vida.
Reparei que, a lista surgiu rapidamente.
E resolvo compartilhar convosco os resultados dessa reflexão.
Devo começar por referir, que apenas tive em conta emoções positivas, deixando, por agora, de lado, as que me causaram dor ou desconforto.
AS 5 MAIORES EMOÇÕES DA MINHA VIDA
A nível familiar:
-O nascimento do meu filho.
E é curioso e estranho que, estando eu à espera do acontecimento, passeando nervosamente no exterior da maternidade (nessa altura o pai não podia acompanhar as coisas mais de perto), às sete horas e cinco minutos da tarde, ouvi, claramente, um choro de bebé, que vinha através de uma janela. E tive uma secreta intuição:"É o meu filho que acaba de nascer". E, passada cerca de uma hora, quando, com o coração aos pulos pude ver o rebento, soube que ele tinha nascido precisamente, às sete horas e cinco da tarde.
A nível político:
-O 25 de Abril.
Mesmo estando, como aqui já referi, muito longe de Portugal, a perspectiva de ver o meu país, finalmente liberto de mordaças e algemas, foi um momento inesquecível. Essencialmente, porque, apesar de a esperança viver sempre cá dentro, por vezes já descria que essa "manhã clara" deixasse de ser apenas um sonho.
A nível artístico:
-A peça "Morte e Vida Severina".
Nos anos sessenta, em plena ditadura do Estado Novo e também da ditadura militar brasileira, um grupo de teatro de estudantes da Unversidade Católica de S. Paulo (TUCA) trouxe ao Porto, a encenação de um longo poema de João Cabral de Melo Neto, com música do Chico Buarque (então ainda um ilustr desconhecido), que me tocou no mais fundo da minha sensibilidade. Não só pelo que significava em termos de ideais de justiça social, de liberdade e de anseios por um mundo melhor, como pela enorme beleza de um espectáculo que não precisava quase de cenários e figurinos, para ser inolvidável.
A nível profissional:
- O dia em que chegou a notícia da minha aposentação.
Pode até parecer absurda esta escolha. Que vem sobrepor-se a toda uma vida em que me empenhei numa profissão que foi sempre aquela que eu quiz. Mas, na parte final da minha carreira, vi-me tão cercado, tão humilhado, tão frustrado, que o sentir-me liberto daquilo que já estava a ser um pesado fardo, fez-me soltar um suspiro de alívio e um grito de alegria...
A nível desportivo:
- A conquista, em Sevilha, pelo FCP, da taça UEFA.
Nunca escondi, que gosto de futebol, embora não seja um fanático e um alienado pelas reacções primárias que, muitas, vezes, este fenómeno desperta. Mas ter estado ali, sob um calor tórrido, a vibrar com as incidências de um jogo que teve dúvidas e incertezas até ao fim, foi, também inesquecível. Assim como o foi o regresso a casa, numa "directa" Sevilha-Porto", sem largar o volante, com mais quatro "maluquinhos", apenas com uma breve paragem para o pequeno-almoço.
E pronto. Aqui me desvendei mais um pouco.
Não encarem isto como a resposta a um desafio ( saiu apenas da minha cabeça) nem com uma proposta para ninguém continuar.
Mas, se alguém, de algum modo, quiser pegar na ideia, esteja à vontade...

1 comentário:

Andreia disse...

Bem, a minha vida é cheia de emoções, não saberia escolher!