O público adulto tem um tempo limite de atençãode 45 minutos. Nesse espaço, só absorve cerca de um terço do que é dito e um máximo de sete conceitos.
(in "Como fazer comunicações" de Tim Hindle, colecção " Os manuais práticos do gestor", ed.Civilização).
Aqui está uma constatação que qualquer professor minimamente atento ao que se passa à sua volta, tem como dado adquirido.
Com efeito, durante a minha vida profissional, fui aprendendo que grande parte daquilo que dizia aos alunos ( que, não sendo adultos, têm uma capacidade de atenção ainda menor), se perdia no tecto ou nas paredes. E que, se tinha algo de mais importante a comunicar, o melhor era despachá-lo nos primeiros dez minutos.
Enquanto não me fui apercebendo de tais factos, dava por mim, em certas alturas, a duvidar de mim próprio, quando, estando convicto de que tinha proferido uma dada afirmação, nenhum aluno reconhecia tê-la ouvido.
Ora, se a maioria dos professores já sabe destas coisas (embora, por vezes haja colegas que não as tenham em devida conta) , encontramos, por aí, a cada passo, gente que parece ignorar estas "leis".
E, assim, prega-nos com doses intragáveis de discursos e arengas, de que apenas fica na memória (quando fica), uma ínfima parte.
Os políticos são, em muitos casos, um exemplo deste desperdício de tempo, saliva e paciência.
A História regista muitos exemplos daquelas personagens que eram (são) capazes de discursar durante horas.
Para quê?Quem, verdadeiramente, os ouve?
1 comentário:
Lá isso é verdade, começamos a ficar desatentos passado pouco tempo!
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