O Ministério da Educação acaba de fazer mais um remendo, na imensa série de trapalhadas em que se tem metido.
Agora, perante a decisão de dois tribunais que aceitaram providências cautelares com efeitos suspensivos, teve que recuar e e admitir que os prazos apertados que impôs para se elaborarem instrumentos de avaliação para os docentes poderiam não ser cumpríveis.
Mas é apenas uma pequena remediação de algo que dificilmente terá remédio.
É claro que estou plenamente de acordo com uma avaliação profissional que, nesta área, destaque o mérito e destape o demérito.
Mas sempre com um objectivo fundamental: contribuir para a melhoria da formação e da prática dos professores, e com isso, melhorar a qualidade do ensino, objectivo que tanta gente apregoa. Não simplesmente para os punir ou para os afastar da profissão e, desse modo, fazer mais umas tantas economias.
E, nesse processo, é essencial que as portas das salas de aula de cada uma deixem de ser consideradas como um feudo impenetrável e se abram à observação de outros docentes, dentro de um espírito construtivo, de colaboração,de troca de experiências, de amizade.
Mas, quem entende um mínimo destas matérias, sabe que, qualquer instrumento de avaliação, antes de ser concretamente aplicado, tem de passar por um período de testagem, de confronto com a realidade, com vista ao seu refinamento e depuração. Só depois estará em condições de produzir efeitos minimamente fiáveis.
E, do mesmo modo que tantas vezes se diz, e com razão, que os alunos não podem ser cobaias de experiências apressadamente implementadas, também os professores não poderão passar por esse estatuto.
Porque, além do mais, é o seu futuro profissional e familiar que estará em jogo.
Mas vamos ver que mais recuos terá ainda o ME de realizar...
1 comentário:
Eu cada vez percebo menos da educação deste país!
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