Conforme disse em post anterior, durante esta semana, revisito um dos "poemas da minha vida", o "Poema para Galileu", de António Gedeão.
D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas, é um prelado "a quem Deus não dispensou de procurar a verdade", conforme diz o poeta.
Numa longa entrevista concedida a Maria Flor Pedroso, emitida pela Antena 1 ( quem quiser ouvir a peça integral, pode encontrar aqui, a sua reprodução em formato podcast; em alternativa, pode-se ler aqui um resumo das suas declarações mais importantes).
Pois, este membro da hierarquia da igreja católica portuguesa, manifesta as suas preocupações a propósito de muitas situações, num espírito de procura da verdade que não se compadece com ideias feitas e inquestionáveis.
Por exemplo, interrogado sobre se considerava o uso do preservativo como "um pecado", o Bispo respondeu, sem hesitações "NÃO".
O que nos leva a concluir que a noção de pecado, na religião católica ou em outras religiões, tem a ver essencialmente com concepções humanas e, como tal, falíveis e discutíveis.
Faria falta, digo eu, haver muitos bispos como D. Januário.
Talvez assim a igreja católica se aproximasse mais da vida real dos homens e mulheres deste tempo.
1 comentário:
às vezes a igreja devia mesmo ser mais tolerante!
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