sexta-feira, maio 06, 2005

UM POEMA PARA O FIM DE SEMANA

VENTO NO ROSTO

À hora em que as tardes descem,
noite aspergindo os ares,
as coisas familiares
noutras formas acontecem.

As arestas emudecem.
Abrem-se flores nos olhares.
Em perspectivas lunares
lixo e pedras resplandecem.

Silêncios, perfis de lagos,
escorrem cortinas de afagos,
malhas tecidas de engodos.

Apetece acreditar,
ter esperanças, confiar,
amar a tudo e a todos.
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