terça-feira, agosto 11, 2009

Valeu a pena lutar!

Há tempos aqui vos falei da preocupação que os moradores aqui da zona sentiam perante a hipótese de ser construído um canil para albergar cerca de mil cães, bem perto das residências.
Perante esta iminência, os moradores movimentaram-se, intervieram na assembleia municipal e de freguesia, promoveram abaixo-assinados, participaram num programa em directo na SIC, para além de muitas outras diligências.
Sempre vincando a ideia de que nada movia os vizinhos contra a meritória acção da Sociedade Protectora dos Animais, empreendedora do projecto, mas sim contra a inoportunidade de ele ser edificado numa zona de concentração urbana.
Pois bem. Todos estes esforços, acabam por, aparentemente, dar resultados.
O Presidente da Câmara de Gondomar, assumiu, recentemente, em telefonema para um dos moradores, e, mais tarde, em reunião da Assembleia Municipal, que o referido canil não será construído aqui, junto das casas, reconhecendo que tal não teria sentido. Disse, ainda que sabia que havia um projecto para construir um abrigo de cães neste freguesia, mas ignorava que fosse perto de residências (será mesmo que não sabia?).
E, afinal, como sempre dissemos, encontrou-se uma alternativa, no concelho de Gondomar, para edificar o empreendimento, em terrenos longe de habitações, mas ao lado de boas vias de comunicação, já construídas ou a construir.
E, aí, tudo será conciliado: a tranquilidade dos humanos e a a dos animais.
Entretanto, ficam aqui algumas reflexões que poderão enquadrar este desfecho, feliz para os moradores dest zona.
Com efeito, esta decisão pode explicar-se por diversas circunstâncias:
-a decisiva movimentação dos moradores que seriam prejudicados por esta construção;
-a intervenção junto de órgãos de comunicação social de grande impacto nacional.
-a proximidade de eleições, onde não convém nada aos políticos que surjam movimentos de descontentamento de potenciais eleitores.
Conclusão: a democracia não se exerce apenas de x em x anos, depositando um ou mais pepelinhos numa urna. Ela pode e deve afirmar-se no dia a dia, pela intervenção dos cidadãos na resolusão dos seus problemas e na pricura de resposta para os seus anseios.

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