Conheci o Dário Bastos, pai de uma colega e amiga, já no final da sua existência. Frágil, mas de olhar vivo e uma simpatia irradiante.
De si mesmo disse ter sido "um soldado raso do exército da liberdade".
Oposicionista determinado ao regime anterior, esteve preso por diversas vezes. Nomeadamènte, foi detido, em frente da família, numa noite da consoada natalícia.
O seu nome. no entanto, não entrou para a história da resistência, ao contrário de outros vultos menores que souberam fazer-se notados.
Publicou diversos livros, designadamente de poesia.
Era um homem sensível, profundamente amado pela sua companheira de sempre e pelas suas filhas e netas.
Só muito recentemente, na freguesia onde viveu, começou a ser evocado, sendo dado o seu nome a uma pequena rua .
O Dário disse um dia:
"As flores não devem ser cortadas. Devem nascer, viver e morrer nos jardins".
Se calhar o Dário tinha razão. Como em muitas outras coisas.
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