Para encerrar este debate, aqui vos deixo com algumas das minhas reflexões sobre o tema.
Começo por dizer que a violência é, desde sempre, um dado adquirido no mundo em que vivemos. A Natureza assenta num princípio que lhe é ditado pela necessidade da sobrevivência: a lei do mais forte. Assim, o predador exerce sobre a presa, a mais implacável violência.
O homem primitivo não escapou a essa lei. A conquista de território onde a caça e a colheita de frutos fosse mais abundante, era motivo para o aniquilamento de semelhantes.
Depois, a evolução das sociedades, não eliminou os comportamentos violentos, antes os refinou. A tirania dos senhores feudais, a Inquisição, as grandes guerras, o Holocausto, só para citar breves exemplos, são provas de que, afinal, o Mundo sempre foi atravessado pela violência. Por isso, dizer que hoje os tempos são mais violentos, talvez seja uma afirmação algo simplista e apressada. O que poderá haver é uma maior e mais rápida mediatização dos acontecimentos violentos.
Por outro lado, os conceitos morais, éticos e jurídicos, vão mudando e assim, aquilo que outrora seria admitido como comportamento aceite, passa a ser penalizado. Por exemplo, em determinadas épocas históricas, a apropriação de territórios e bens pela força, como ocorreu nas colonizações, era considerada perfeitamente normal e justificada por razões civilizacionais, económicas e até religiosas.
É claro que, à medida que o progresso económico, social e tecnológico vai ocorrendo, novas formas de violência vão surgindo. E novos locais onde se manifesta.
Nas, escolas, designadamente, o alargamento das massas que a frequentam, potencia a multiplicação de ocorrências violentas. Até porque a instituição escolar não é uma "ilha isolada" da sociedade em que se integra. Por outro lado, a Escola, quando não consegue adaptar-se às mudanças sociais, nem consegue tratar de modo diferente personalidades e culturas diferentes, pode contribuir para agravar desequilíbrios comportamentais.
Mas se, em meu entender, uma sociedade nunca deixará de ser violenta, como poderemos esperar que ela se torne "menos violenta"? Sintetizando, penso que, essencialmente, o objectivo deverá ser apontar para uma sociedade em que o SER predomine em relação ao TER.
Muito mais haveria certamente a dizer sobre tão complexo assunto. Mas, na fugidia dimensão de um post, não cabem grandes aprofundamentos.
Uma nota final para agradecer a todos amigos e amigas que colaboraram neste debate. E, se, involuntariamente, omiti algum depoimento que me tenha sido deixado, as minhas desculpas aos atingidos pela omissão.
Começo por dizer que a violência é, desde sempre, um dado adquirido no mundo em que vivemos. A Natureza assenta num princípio que lhe é ditado pela necessidade da sobrevivência: a lei do mais forte. Assim, o predador exerce sobre a presa, a mais implacável violência.
O homem primitivo não escapou a essa lei. A conquista de território onde a caça e a colheita de frutos fosse mais abundante, era motivo para o aniquilamento de semelhantes.
Depois, a evolução das sociedades, não eliminou os comportamentos violentos, antes os refinou. A tirania dos senhores feudais, a Inquisição, as grandes guerras, o Holocausto, só para citar breves exemplos, são provas de que, afinal, o Mundo sempre foi atravessado pela violência. Por isso, dizer que hoje os tempos são mais violentos, talvez seja uma afirmação algo simplista e apressada. O que poderá haver é uma maior e mais rápida mediatização dos acontecimentos violentos.
Por outro lado, os conceitos morais, éticos e jurídicos, vão mudando e assim, aquilo que outrora seria admitido como comportamento aceite, passa a ser penalizado. Por exemplo, em determinadas épocas históricas, a apropriação de territórios e bens pela força, como ocorreu nas colonizações, era considerada perfeitamente normal e justificada por razões civilizacionais, económicas e até religiosas.
É claro que, à medida que o progresso económico, social e tecnológico vai ocorrendo, novas formas de violência vão surgindo. E novos locais onde se manifesta.
Nas, escolas, designadamente, o alargamento das massas que a frequentam, potencia a multiplicação de ocorrências violentas. Até porque a instituição escolar não é uma "ilha isolada" da sociedade em que se integra. Por outro lado, a Escola, quando não consegue adaptar-se às mudanças sociais, nem consegue tratar de modo diferente personalidades e culturas diferentes, pode contribuir para agravar desequilíbrios comportamentais.
Mas se, em meu entender, uma sociedade nunca deixará de ser violenta, como poderemos esperar que ela se torne "menos violenta"? Sintetizando, penso que, essencialmente, o objectivo deverá ser apontar para uma sociedade em que o SER predomine em relação ao TER.
Muito mais haveria certamente a dizer sobre tão complexo assunto. Mas, na fugidia dimensão de um post, não cabem grandes aprofundamentos.
Uma nota final para agradecer a todos amigos e amigas que colaboraram neste debate. E, se, involuntariamente, omiti algum depoimento que me tenha sido deixado, as minhas desculpas aos atingidos pela omissão.
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