quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Fado da crise

Mais que fado é fadário
a crise que nos domina.
São as contas de um rosário
de reza que não termina.

Nasceu já nem sei onde,
aperta como um garrote.
Quem a criou bem se esconde
e sacode o capote.

Dizem que a crise é fatal
neste tipo de sistema.
Mas se é assim afinal,
mudem lá de teorema.

Quando a vaga está à solta
só se safa o tubarão.
Volta e meia, meia volta,
quem paga é o mexilhão.


Letra - António Peciscas
Música - a de uma fado tradicional que calhe bem aqui, por exemplo o Mouraria ou o Corrido

1 comentário:

Andreia disse...

Ela anda aí!