O Psicólogo Eduardo Sá escreveu no Destak de 31 de Março, ainda sobre o caso “telemóvel no Carolina”.
Diz diversas coisas, mais ou menos óbvias, sobre o exercício da autoridade, mas, às tantas, entra num emaranhado de considerações que deixam o leitor perplexo e confuso.
Assim, afirma que “é importante que se estabeleça uma diferença entre o direito à má educação (com maneiras), própria da insolência do adolescente, e a violência verbal e o mau trato físico a um professor. Se a primeira merece a condescendência que, acto a acto deve merecer, a segunda e a terceira não”. (sublinhados meus).
Haverá alguém que me explique o que é esta história da “má educação com maneiras”?
Até porque, mais adiante, no referido artigo, Eduardo Sá, escreve: “Começando pelas regras de boa educação, que a respeito de uma incompreensível tolerância, são maltratadas no dia-a-dia de uma escola” ou “…mas a função da escola (que deveria ser o lugar onde se constroem pessoas melhores e não uma “linha de montagem” de jovens tecnocratas razoavelmente instruídos e mal educados) “.
Então em que ficamos? A má educação, “com maneiras” deve merecer condescendência ou não pode ser objecto de tolerância ?
Não haverá aqui uma incontornável contradição, senhor psicólogo?
A não se que, com aquele ar meiguinho mas superior que sempre exibe, me “dê a volta” e me convença, mais uma vez, que, afinal, “ o burro sou eu”.
Nota- O texto a que me refiro , não é ficção do 1º de Abril.
1 comentário:
A mim também me parece uma contradição...
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