Quando comecei a acreditar que a democracia é o menos imperfeito dos sistemas de governar as sociedades, aprendi que um dos seus princípios essenciais se consubstancia na divisa: "um homem (ou uma mulher), um voto".
No entanto, este é um princípio que, como nas guitarradas, admite variações.
Por exemplo, na recente Assembleia Geral do banco Millenium BCP que determinou a eleição do novo Conselho de Administração, estavam na sala 560 accionistas que apoiavam Cadilhe e 283 que apoiavam Ferreira. No entanto, quem venceu, e com a esmagadora maioria de 97,76%, foi Ferreira.
Isto porque, nestes casos, quem tem mais acções, ou seja, mais euros investidos, tem mais votos. Dir-me-ão que é lógico que assim seja e eu aceito.
No entanto, esta situação mostra que, no fundo, quem manda, é quem pode. Ou seja, quem detém o poder económico.
Ou seja, ainda, que o tal velho princípio democrático pode, às tantas transformar-se nestoutro:
"Um euro, um voto".
1 comentário:
Realmente isso muda aquela coisas democrática!
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