Há dias, pelas razões que então expliquei, fiz aqui eco de um apelo que consistia em, nesta época natalícia, procurar praticar acções de solidariedade para com o próximo.
Depois, ainda de acordo com o promotor da ideia, dever-se-ia, no respectivo blog, descrever o que se fez, ou, muito simplesmete, afirmar "eu cumpri".
Por mim, considero que este tipo de apelos, partem, sem dúvida, de pessoas bem intencionadas e generosas.
Mas, sobre eles, tenho algumas questões.
Em primeiro lugar, a da relatividade das chamadas "boas acções". Aquilo que eu posso considerar que é positivo, altruista, pode, afinal, visto por outro ângulo, ser classificado como uma acto egoísta e exibicionista.
Por outro lado, o facto de, em certas épocas ou conjunturas, se querer inventariar "boas acções" poderá significar que elas andam cada vez mais arredias do nosso quotidiano.
Cá por mim, tento viver com os outros do modo mais leal possível e, sempre que alguém precisar dos meus fracos préstimos, tanto materiais como, como, sobretudo, de ordem afectiva, procuro "estar lá". Sem que encare essas atitudes como "obrigação social".
No momento presente, infelizmente, um dos membros da família, está a viver uma situação em que esse apoio e essa solidariedade são particularmente necessárias.
Estou a acompanhá-lo, com o apoio possível.
No entanto, nunca direi que "cumpri" qualquer obrigação ou promessa.
Porque, em primeiro lugar, não foi essa a minha preocupação.
E, depois, quem sabe se, verdadeiramente, cumpri alguma coisa?
1 comentário:
Realmente se for uma obrigação deixa de ser aquela boa acção!
Enviar um comentário