Em meu entender, actualmente, as noites eleitorais perderam a emoção que outrora conseguiam despertar.
Agora, com as sondagens quase diárias e mesmo no dia das eleições, salvo raras surpresas, tudo já está mais ou menos antecipadamente conhecido.
Nas primeiras eleições a seguir ao 25 de Abril, fui para casa de um amigo, onde se juntou um grupo, que foi acompanhando, pela madrugada fora, o andamento da contagem dos votos.
A coisa era morosa. Mas a gente estava ali e não desandava, a ver a evolução dos partidos, décima a décima. Só lá para as cinco da manhã é que debandámos.
E aquilo, além do mais, era um convívio, pois íamos bebendo uns copos e aconchegando o estômago com uns petiscos, já que a noite era longa.
Dirão que é melhor assim, que é mais rápido e menos maçador. O que também poderá ter a ver com o desencanto que as pessoas vão crescentemente sentindo pela política.
Por algum motivo o Sarko, depois de falar para as televisões, logo após as projecções lhe darem a vitória, foi calmamente jantar, antes de assomar à varanda, como é costume, para falar às massas.
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