Há uma certa tradição, vigente um pouco por todo o mundo, segundo a qual os genros e as sogras se digladiam constantemente.
Há muitos anos atrás, o saudoso Vasco Santana, tinha um programa na então Emissora Nacional, os "diálogos do Zequinha e da Lélé", onde ele passava a vida a dizer coisas duras sobre "Aquela Santa" (a dita sogra).
Cá por mim, não sigo essa tradição.
Talvez porque tive a sorte de me calhar uma sogra com a qual me dou bem.
De quando em quando, tem as suas rabugices, perante as quais, por vezes, reajo com alguns amigáveis "ralhetes". Mas, para além disso, faz os possíveis para me mimar e acata, em geral, os meus conselhos e opiniões.
Quando recentemente, conforme já aqui contei, fui operado, ao regressar do bloco operatório, tinha a família mais chegada no quarto, à espera.
Lá estava, então, também, a " mamã-segundo-a-lei"(como dizem os ingleses), fazendo-me umas festinhas acompanhadas de um carinhosos beijos na fronte.
Ainda meio zonzo da anestesia e com a voz entaramelada, saí-me com esta:
-Veja lá! Agora tem de me fazer uma travessa de leite-creme!
Ela descobriu, em tempos, que eu apreciava esta lambarice tradicional, de que aprendi a gostar com a minha própria mãe. Quando ela faleceu, essa herança passou para a minha sogra.
É claro que aquele meu apelo pós-operatório não caiu em saco roto.
Deste modo, logo que me deram autorização para voltar à chamada "dieta normal" cá veio o petisquinho parar a casa.
Conforme a imagem acima documenta.
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