A Lúcia esteve lá há dias. A Marta, também recentemente, publicou uma história que me fez recordar uma cena insólita que presenciei por aqueles lados.
Andava, a flanar pelas Galeries Royales St Hubert de Bruxelas, que ficam bastante perto da Grand Place.
Ali se encontram as lojas mais bela e caras da cidade. Tudo aquilo é luz, cor, esplendor.
Nas esplanadas dos cafés, estacionam os turistas mais endinheirados, pois, por ali, os preços, para nós, modestos lusitanos, são fogo.
A certa altura, vejo vir a correr rapidamente, pelo meio da galeria maior, um sujeito relatvamente novo, muito bem vestido, de fato escuro completo, gravata, e uma pequena pasta preta na mão.
"É um executivo que vai atrasado para algum compromisso", pensei.
Mas, passados aluns segundos, eis que aparece uma segunda personagem a correr afobadamente, no mesmo sentido do primeiro. Mas, desta vez, tratava-se de um sujeito, já de cabelos grisalhos, igualmente bem vestido, também de fato e gravata.
Espelhava, nos olhos, um acentuado estado de angústia, ao mesmo tempo que, repetidamente, levava a mão ao bolso interior do casaco.
Foi então que somei 2 com 2.
O "executivo" não era mais do que um carteirista, que tinha acabado de aplicar um dos seus golpes.
Os profissionais habilitados e com formação, trabalham assim!
Há que ter cuidado, pois é dos mais bem vestidos que surgem, muitas vezes, as tramóias.
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