Nos meus tempos de estudante universitário, eu e alguns colegas, dávamos as chamadas "explicações", como forma de arranjarmos uns cobres para o tabaco e para o cinema.
Certo dia, a um desses colegas, aconteceu ter chamado à atenção de um aluno, que não tinha feito os "deveres" que lhe tinha marcado para casa.
E disse-lhe:
-Sabes o que tu és? Um grande comodista!
Má hora em que o disse.
Ao outro dia, a mâe do menino foi-lhe bater à porta.
-Ouça lá: olhe que eu não admito que trate mal o meu filho. Até lhe pode dar uns apertões, mas insultá-lo é que não!
E o meu amigo, que era particularmente polido e delicado:
-Mas, minha senhora, eu nunca insultei o seu filho!
-Ai não? Então ontem não lhe chamou comunista?
Isso é que eu não lhe desculpo.
É que, naqueles tempos, essa palavra era maldita e , para a população corrente, uma designação que etiquetava um criminoso da pior espécie.
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