Um destes dias, o JN fez uma investigação jornalística e chegou à conclusão de que há municípios que contratam professores para as chamadas actividades de enriquecimento curricular, a recibo verde,e a 6 euros à hora.
Há, pois, muitas Câmaras, que se aproveitam da conhecida falta de colocação para milhares de professores, para lhes pagarem ridicularias pelo seu trabalho.
A "assistente doméstica" (para usar a curiosa expressão de uma amiga que costuma passar por aqui), que vem semanalmente prestar serviços cá a casa, ganha 5 euros por hora.
Dá para se entender, como está bater no fundo a imagem social dos docentes.
Vem, por isso, a propósito repescar o seguinte excerto da entrevista dada por Antti Kalliomäki, ministro da Educação da tão louvada Finlândia, à Notícias Magazine de 17 de Setembro:
"Segundo um estudo que li, na Finlândia, os professores são valorizados socialmente,tanto como os médicos e os advogados. Na maioria dos países europeus, Portugal incluído, aqueles profissionais sentem-se desvalorizados e deprimidos. O que é que acha que faz a diferença?
-A população finlandesa confia na educação. A profissão de professor tem raízes profundas no nosso país e razões históricas para ser valorizada."
Isto, na célebre Finlândia, líder dos estudos internacionais de sucesso educativo.
Ainda hei-de voltar a esta entrevista, prometo!
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