Volto ao JN.
Na quarta-feira, leio "Portugal cai três lugares no "ranking" da competitividade.
Esta classificação é elaborada pelo Fórum Económico Mundial, e nela Portugal aparece no 34º lugar ( num total de 125 países).Agora, fomos ultrapassados pela Tunísia e por Barbados.
Nos cinco primeiros lugares:Suiça, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Singapura.
Esta não será, de todo, uma notícia surpreendente.
Mas, ao ler-se o seu desenvolvimento verifica-se que este estudo tem por base nove pilares.
E, o que é curioso, é verificar como estamos em alguns desses pilares.
E, aí, pode ver-se que, em "Macroeconomia", estamos em 80º lugar.
Em "Capacidade tecnológica", em 37º.
Em "Sofisticação no negócio", em 43º.
Em "Eficiência de mercados", 38º.
Em " Educação superior", 37º.
E, surpresa, em "Saúde/Educação inical", obtemos o resultado menos mau - 16º lugar.
Afinal, quando um conjunto significativo de empresários aparece a malhar, forte e feio, disparando em muitas direcções, atribuindo culpas muito diversificadas sobre os atrasos do país, talvez se lhes pudesse apontar estes dados, para que não sacudissem tanto "a água do capote".
Estamos, de facto, mal, em quase tudo.
Mas, as responsabilidades são muito amplas e não se restringem a este ou aquele sector.
E, quem tem o dever e a obrigação de empreender, de arriscar, de inovar, de investir, não se pode alhear da sua quota-parte de culpa. Que é grande e não se pode disfarçar com desculpas esfarrapadas.
Parece que, para muitos desses empresários, o investimento só se justifica quando não há riscos. Por isso, defendem uma cada vez maior flexibilidade da lei sobre contratação laboral, cada vez mais baixos impostos sobre as suas actividades, e por aí fora.
Temos, de facto, muitos problemas a resolver.
Mas eles só se enfrentarão com um mínimo de sucesso, se cada um de nós, e todos, no conjunto nacional, formos capazes de melhorar os nossos desempenhos e não passarmos a vida a atirarmos todas as pedras para os telhados alheios.
Já agora, não resisto a uma nota final.
Apesar de ser constantemente nomeado como um dos factores mais preponderantes para o atraso do país, a Educação Inicial (aqui agregada à Saúde), ou seja a que inclui os graus de educação antecedentes ao Ensino Superior, é a que se porta menos mal...
Todos estamos de acordo em exigir que o Sistema de Educação básica seja melhor, mais rigoroso, mais justo.
Mas, quem tanto zurze os ouvidos alheios, talvez ganhasse em apresentar desempenhos melhores nas suas esferas de acção.
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