quinta-feira, janeiro 03, 2008

Ainda sobre a lei anti-tabaco

Dado que, um pouco por todo o lado, se fala na entrada em vigor da lei sobre o consumo do tabaco em locais públicos, aqui vos transcrevo um comentário que deixei ontem na "casa" da Isabel Filipe e que resume o que penso sobre o assunto.

O assunto náo é fácil de abordar, pois mexe com muitas coisas. Designadamente com interesses estabelecidos, ao nível das multinacionais e do próprio Estado.
Nesta e em muitas outras questões, sou, por princípio,respeitador dos direitos dos outros.
E também quero que repeitem os meus, como é óbvio.
Mas, nisto do tabaco, pesa sobre mim, a circunstância de ter sido (ou ainda ser,...)um fumador inveterado, que não fuma há 25 anos. Sei, por experiência própria, o alívio que ainda hoje sinto por ter conseguido abandonar o vício.
É bom viver sem tabaco, podem crer.
E a gente pode arranjar mil e uma justificações para continuar a fumar. Mas é um erro e ninguém consegue provar o contrário.
O meu pai,que fumou durante anos cerca de dois maços por dia, morreu com cancro de pulmão. E posso assegurar-vos que, o processo de degradação física que sofreu e a que eu assisti durante 8 longos e penosos meses dá cabo de quaiquer justificações que um fumador tenha para defender a continuidade do vício.
Foi depois de ver o que se passou com o meu pai, que o alarme soou cá dentro...
E digo-vos, que abandonar o tabaco, é difícil, mas é muito menos complicado do que se imagina.
Conheço n exemplos que atestam isto.
Ninguém morre por deixar de fumar. É provável que morra mais depressa e pior, por continuar a fumar.
Esta arenga toda vem a propósito de eu achar que, muito embora não considere os fumadores como uma raça indesejável e que deva ser proscrita (aliás, infelizmente, cá em casa há um fumador, que até foi educado na ideia de nunca cair nessa armadilha), acho que todos os mecanismos que se criarem para "cercar" os fumadores, ou seja, que contribuam para que, cada vez mais, o hábito de fumar seja socialmente desvalorizado, são bem-vindos.
E penso isto, e não estou a ser demagógico, fundamentalmente por amizade.
Tenho muita gente amiga (e como disse, até de família) que eu adoraria ver livre do tabaco.
Pois sei que, por muito que alguns digam o contrário, também gostariam de se libertarem, conforme eu consegui.
Aqui fica a minha compreeensão e a minha solidariedade para com os fumadores mas, igualmente, o meu apoio a todas as leis que restrinjam a propaganda e o consumo do tabaco.

2 comentários:

Vladimir disse...

Como dizia hoje alguém, dentro de pouco tempo sairá legislação a obrigar cada cidadão a correr trinta minutos por dia, o que será confirmado por uma caderneta fiscalizada regularmente pela ASAE...

Vem ao Vladimir de dá a tua opinião sobre o nosso "Portugalinho"....

Andreia disse...

Para dizer a verdade, eu gosto desta lei, nunca fumei e o fumo encomoda-me muito!