Entraram recentemente em vigor medidas de incentivo ao aumento da natalidade. Trata-se, como se sabe, de atribuir subsídios monetários às grávidas e mães, em montantes variáveis: de acordo com o rendimento mensal e com o número crescente de filhos existentes no agregado.
Parece ser algo que ninguém deixará de considerar como positivo.
No entanto, cá por mim (e já outros o disseram, claro) duvido da eficácia desta nova legislação.
O mais decisivo incentivo seria o que pudesse melhorar o nível de vida médio dos portugueses, especialmente dos jovens, designadamente, diminuindo o desemprego.
Com efeito, das duas uma: ou os casais têm a noção das realidades e pensam que não será por mais trinta euros mensais (que não chegam para as fraldas) ou, no máximo, por mais cento e trinta, atribuídos numa fase inicial da criação dos filhos, que poderão arriscar em aumentar a família; ou, então ( e isso poderá acontecer, com maior frequência, precisamente, em famílias economicamente mais débeis ou culturalmente mais desfavorecidas), não se pensa no futuro e bora lá ter filhos para, no imediato, receber mais algum e, depois, logo se verá. Ou seja, criam-se os descendentes conforme calhar.
Por isso, às tantas, daqui por uns tempos, verificando-se que, afinal, as medidas não surtiram tanto efeito como isso, o Governo terá de lançar uma campanha especial de promoção dizendo algo como:
"Faça dois e receba por três"
1 comentário:
Como isto anda não há incentivos que nos valham!!!!
Bjx
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